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Vereador afastado pelo STF coordena plano da campanha do Capitão Assumção

Armandinho diz que plano representa os movimentos de direita: Deus, Pátria, Família e Liberdade

O vereador da Capital Armando Fontoura (PL), o Armandinho, afastado das funções por decisão judicial, é o coordenador do grupo do plano de governo da pré-campanha do deputado estadual Capitão Assumção (PL), que representa grupos da direita e da extrema direita bolsonarista na disputa à Prefeitura de Vitória. O projeto, que leva o nome “Vitória e Progresso”, foi apresentado nessa quinta-feira (18).

Armandinho foi preso em 2022 por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusado de participar de uma milícia digital contrária à democracia e responsável por fake news, e depois afastado das funções na Câmara de Vitória, ato relacionado a outro processo, por improbidade administrativa, por decisão da juíza Giselle Onigkeit.

O documento da campanha destaca a meta de “transformar Vitória na melhor capital do Brasil para se viver”, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entre os temas abordados, estão segurança pública, economia criativa, turismo, sustentabilidade e inovação, tendo como base o jargão que “representa os movimentos de direita: Deus, Pátria, Família e Liberdade, sempre um norte e presente em todas as ações”.

A frase é palavra de ordem em movimentos ultraconservadores e foi introduzida no contexto político brasileiro pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornado inelegível e com indiciamento pela Polícia Federal que poderá levá-lo à prisão. Ela é inspirada no ditador fascista Benito Mussolini e no líder integralista brasileiro Plínio Salgado, no século passado. Com forte apelo religioso, foi acolhida também em igrejas neopentecostais.

Assumção é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Magno Malta, o deputado federal Gilvan da Federal e os deputados estaduais Lucas Polese e Danilo Bahiense, todos do PL, figuras de destaque em movimentos conservadores. Eleito deputado estadual em 2018 e reeleito em 2022, é capitão da reserva da Polícia Militar do Espírito Santo e membro da Igreja Maranata.

O plano de governo apresentado ressalta temas como a família, educação, segurança, assistência social, esporte, habitação, urbanização, turismo, meio ambiente, gestão pública, cultura, mobilidade urbana, transformação digital e desenvolvimento econômico como eixos principais, mas não detalha qualquer tipo de ação para a gestão pública, com a justificativa de que o objetivo é “para guiar a elaboração do projeto. Cada um desses eixos será desmembrado em sub-eixos que também receberão propostas”.

“Reforço o que já disse: as pessoas que vivem diariamente a rotina da cidade são as mais qualificadas para colaborar com nosso plano de governo. Convido toda a população de Vitória a participar desse movimento, trazendo críticas construtivas e exemplos de sucesso que possam gerar impactos positivos. Queremos discutir abertamente e expor nossa visão de gestão pública, baseada nos melhores exemplos da direita no Brasil e no mundo”, afirmou Assumção.

O pré-candidato usa tornozeleira eletrônica, medida imposta pelo STF em 2022, por envolvimento em atos considerados antidemocráticos, e foi preso este ano por desobedecer medidas judiciais, sendo libertado depois que a Assembleia Legislativa revogou sua prisão. Assumção está proibido de usar redes sociais e de deixar o Espírito Santo. Ele usou as redes sociais para culpar as Forças Armadas pelo fracasso de uma tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro no dia 8 de janeiro de 2023.

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