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Vereador da CPI da Faps se lança pré-candidato a prefeito de Guaçuí

“Na segunda [10 de fevereiro], em meio a essa situação, lançarei minha pré-candidatura a prefeito. Já que não consigo fazer no Legislativo, farei no Executivo”, disse o vereador de Guaçuí, na região do Caparaó, Wanderley de Moraes Faria (PDT), depois de ter sido impedido de levar adiante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades nas atividades do Fundo de Aposentadorias e Pensões (Faps). 

As investigações foram impedidas com as retiradas das assinaturas dos vereadores Mirian Soroldoni Carvalho (PDT) e José Calos Pereira Leal (SD) do pedido de instalação da CPI, protocolado no último dia quatro na Câmara Municipal. Os ofícios encaminhados a Wanderley possuem o mesmo teor, com alteração apenas no nome de quem o subscreve. As duas mensagens, enviadas no dia seguinte à apresentação do pedido de CPI à Câmara, informam que “o assunto foi prontamente esclarecido pela presidente executiva do Faps, senhora Celma Aparecida Gonçalves Moreira Gomes”.  

Apesar de ter sido eleito no palanque da prefeita Vera Lúcia Costa, do mesmo partido, o vereador exerce um mandato independente, sendo considerado de oposição na região.

Uma das ações nesse sentido, que envolvem a prefeita Vera Lúcia Costa, foi iniciada em 2019, durante uma reunião na Comissão de Obras da Câmara, na qual foi denunciada uma suposta compra de votos por parte da prefeita e do vice-prefeito, Miguel Riva (SD).

O caso, que está no Ministério Público Federal, envolve ocupação de terrenos no bairro Horto Florestal. O processo dá conta de que teria havido a doação de terreno e de materiais de construção na campanha eleitoral de 2016, segundo a denúncia, confirmada pelo presidente da Associação Comunitária do bairro, Romário Silva Gonçalves de Oliveira. 

Ele apontou arbitrariedades cometidas contra moradores, alvo de ações para desocupar áreas que haviam sido doadas pelo Executivo, gerando problemas sociais no município. Várias reuniões foram realizadas na prefeitura e ocorreram manifestações nas ruas de Guaçuí. Wanderley afirma que acompanha o desenrolar das investigações, que envolvem dezenas de moradoras da cidade.  

O vereador afirma que já conta com o apoio do deputado estadual Theodorico Ferraço e da deputada federal Norma Ayub, ambos do DEM, para concorrer nas eleições municipais de outubro. Ele também conversa com o PSB, visando migrar para outro partido, em março, período conhecido como janela partidária, que permite – neste ano só a vereadores – a troca de partido a quem tem mandato.

“Estou construindo uma candidatura, na Câmara não tenho apoio, porque não sigo os mandos do Executivo, mas não me considero oposição”, comenta Wanderley, que visualiza como adversário o vice prefeito Miguel Riva (SD) e o vereador Paulinho do Vitalino (PSDB).

“O rombo vai aparecer”, reafirma o vereador, acrescentando que não vai desistir de sua pretensão de desmascarar o Faps de Guaçuí, que apresenta um resultado financeiro negativo de R$ 178,3 milhões, colocando em risco o pagamento de aposentados e pensionistas.  

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