Cleverson Maia pretende levar a denúncia ao MPES. Prefeitura alega “erro de digitação”
O vereador de Marataízes (sul do Estado) Cleverson Maia (Republicanos) denunciou, nesta segunda-feira (6), um processo de licitação aberto pela prefeitura do município, no valor de quase R$ 8 milhões, que é “absolutamente fora de qualquer parâmetro minimamente justificável”, para contratação de empresa de fornecimento de coffee break, lanches e água mineral. Esse é o valor inicial, que deve sofrer redução, mas, ainda assim, segundo ele, “é exorbitante”.
Procurada, a gestão do prefeito Robertino Batista da Silva (PDT), o Tininho, informou, por sua assessoria, que o valor de R$ 7,9 milhões foi publicado por “um erro de digitação” e que a comissão encarregada está revendo o processo, devendo divulgar o valor correto nesta terça-feira (7). O valor será reduzido para cerca de R$ 2 milhões, como afirma.
Cleverson aponta que irá apurar o andamento do processo, pois com a divulgação da licitação, diversos munícipes e também autoridades manifestaram sua indignação com o valor e a finalidade. “Marataízes tem aproximadamente 40 mil habitantes, que enfrentam diversos problemas estruturais, e mais da metade dos seus servidores efetivos recebem salário base abaixo do mínimo”, afirma.
O valor da licitação é maior, reitera o vereador, do que o orçamento anual da Câmara de Vereadores e de várias secretarias, como a de Cultura e Pesca. “Com esse valor daria para comprar aproximadamente 80 mil cestas básicas; trocar todas as lâmpadas queimadas dos postes e levar iluminação ao interior; manter um bom efetivo de guarda-vidas o ano inteiro nas nossas praias; e construir até um hospital que não tem na cidade e daria para pagar um salário digno para os servidores”, comenta Cleverson.
Como a Câmara está em recesso até o dia 15 deste mês, Cleverson pretende levar a denúncia ao Ministério Público Estadual (MPES), visando impedir o prosseguimento da licitação, para que “qualquer valor não venha a ser pago antes que sejam esclarecidos esses números fora dos padrões”. O pregão está previsto para esta sexta-feira (10), às 9h30.
Procurada, a gestão do prefeito Robertino Batista da Silva (PDT), o Tininho, informou, por sua assessoria, que o valor de R$ 7,9 milhões foi publicado por “um erro de digitação” e que a comissão encarregada está revendo o processo, devendo divulgar o valor correto nesta terça-feira (7). O valor será reduzido para cerca de R$ 2 milhões, como afirma.
Já o vereador diz que a denúncia será mantida e enfatizou: “Em 15 anos de serviço público, nunca vi uma aberração dessas, com erros desta natureza: até a Procuradoria Geral do município, que deveria ter barrado essa farra, não só não se impôs, como ainda pediu a sua fatia desse bolo, mesmo não realizando eventos”, diz o vereador, que ressalta: “A secretaria de administração pediu 3.600 unidades de coffee break, isso daria mais de 10 por dia, incluindo os finais de semana”.
Cleverson aponta que irá apurar o andamento do processo, pois com a divulgação da licitação, diversos munícipes e também autoridades manifestaram sua indignação com o valor e a finalidade. “Marataízes tem aproximadamente 40 mil habitantes, que enfrentam diversos problemas estruturais, e mais da metade dos seus servidores efetivos recebem salário base abaixo do mínimo”, afirma.
O valor da licitação é maior, reitera o vereador, do que o orçamento anual da Câmara de Vereadores e de várias secretarias, como a de Cultura e Pesca. “Com esse valor daria para comprar aproximadamente 80 mil cestas básicas; trocar todas as lâmpadas queimadas dos postes e levar iluminação ao interior; manter um bom efetivo de guarda-vidas o ano inteiro nas nossas praias; e construir até um hospital que não tem na cidade e daria para pagar um salário digno para os servidores”, comenta Cleverson.
O prefeito Tininho chegou a ser afastado do cargo no ano passado, após operação da Polícia Federal (PF) que investigou crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos na área de saúde. Ele reassumiu em outubro, por decisão da Justiça Federal.