Irregularidade ocorre com autorização do prefeito, Wanzete Kruger, e é ‘prática comum e corriqueira’
O vereador Edson Luiz Paganini (Patri), em Domingos Martins, denuncia o prefeito, Wanzete Kruger (PP), de autorizar o uso de maquinário público em propriedades particulares na zona rural do município. A denúncia foi protocolada na Delegacia de Polícia, no Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES) e no Ministério Público Estadual (MPES), tanto na promotoria municipal quanto na Procuradoria, em Vitória.
“Essa é uma prática comum e corriqueira dentro da gestão do atual Prefeito, que usa de recursos públicos para favorecer seus apadrinhados políticos, causando diversos prejuízos ao erário público, infringindo princípios constitucionais como da legalidade, impessoalidade e moralidade, além de flagrante crime de improbidade administrativa (…) por violação aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade administrativa e, causando com uso, prejuízo ao erário”, afirma o vereador no documento.
A denúncia cita também o crime de peculato como outra caracterização possível para os atos e nomeia, além do prefeito, o secretário municipal de Interior e Transporte, Ézio Fischer, e o Gerente Distrital, José Gilberto Krohling, como responsáveis pela autorização indevida de uso das máquinas da Prefeitura.
As fotos anexadas à denúncia, explica, foram fornecidas por moradores da região onde um desses serviços irregularidades foi realizado em meados de julho, durante um dia e meio de trabalho das máquinas e de dois servidores municipais, em propriedade de Gerson Schwambach.
O documento destaca que, “para atender demandas particulares de proprietários rurais em suas propriedades existe o Programa do Pronaf desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural”.
Outras denúncias
Em sua quarta gestão à frente do Município, Wanzete Krueger estaria “mais relaxado” agora para praticar tais improbidades, avalia o parlamentar, que tem denunciado formalmente algumas dessas ações nos últimos 45 dias.
“Registrei nesses mesmos órgãos outras duas denúncias”, afirma, citando um “calçamento com planilha cheia” no interior do município, em que a empresa contratada trabalha com maquinário e insumos fornecidos pelo poder público; e o uso impróprio de carro da Prefeitura pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Rogério Manzoli. “Em doze meses o gasto dele com combustível foi de quase 44 mil. Ele mora em Aracê, a 70km da sede, e vai com o carro da prefeitura, inclusive todos os dias traz a filha dele, que é advogada, para trabalhar na cidade”.