O vereador da Serra, Stefano Andrade (PHS), o superintendente da Câmara, Fabricio Alves de Oliveira, e o coordenador de Comunicação, Rodrigo Ferreira Merlo, foram detidos no início da tarde desta sexta-feira (11) pela Polícia Militar.
Eles fazem parte do bloco político do presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Rede), que assumiu o cargo pelo afastamento da vereadora Neidia Maura Pimentel (PSD), acusada de prática de extorsão (Rachid), improbidade administrativa e peculato, em março deste ano.
À noite, depois que todos prestaram depoimentos, outro personagem entrou em cena. O vereador Cabo Porto (PSB) esclareceu que foi ele quem acionou a PM, por sentir que um carro estava o seguindo.
Segundo informações da Polícia Militar, os detidos haviam sido levados para a DPJ de Laranjeiras, depois de detidos dentro de um veículo na área rural da Serra, próximo ao bairro Queimado, portando um revólver calibre 312 com quatro munições intactas e R$ 11 mil em espécie.
Stefano, eleito em 2016 com 2.035 votos, Fabrício e Rodrigo saíram da Câmara após a tentativa de uma sessão que não ocorreu e se encaminharam para a área rural. Durante o trajeto, uma viatura da Polícia Militar achou o veículo suspeito e decidiu seguir o carro.
Na altura da estrada que liga Cascata a Queimado, próximo ao sítio Recanto Mestre Álvaro, o vereador e o superintendente foram abordados e detidos.
O clima de disputa da Câmara da Serra envolve os dois maiores grupos políticos do município: do deputado federal e o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) e do prefeito Audifax Barcelos (Rede).
Na parte da manhã, estava prevista uma sessão extraordinária para votação de um pedido de empréstimo no valor de R$ 100 milhões, que se encontrava em análise na Procuradoria da Casa.
O presidente Rodrigo Caldeira, do mesmo partido do prefeito, informou que não haveria tempo hábil para a votação e, por esse motivo, uma nova sessão foi marcada para a próxima semana.
Os ânimos na Câmara da Serra estão acirrados desde 2017, depois que a vereadores Neidia Maura Pimentel foi eleita para a presidência. Acusada de prática de irregularidades, ela foi afastada em março desse ano, assumindo o atual presidente