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Vereadoras de São Mateus rebatem agressões de Gilvan da Federal

Elizângela Cristina, a Preta, e Ciety Cerqueira protestaram contra o vereador de Vitória e pediram providências à Câmara local

Divulgação

“Você não é mais homem do que eu, não!”. A frase é de uma mulher, a vereadora de São Mateus (norte do Estado), Elizângela Cristina, a Preta, (PSB), mas foi dita para caracterizar o enfrentamento ao vereador de Vitória Gilvan da Federal (PL), que, em campanha eleitoral na cidade, agrediu verbalmente o prefeito Daniel da Açaí (sem partido) e fez acusações diretas a Preta. Gilvan deixou São Mateus após se envolver em atos contra o prefeito, promovidos por grupos de servidores municipais que estão em greve, quando ocorreram as agressões verbais. 

Conhecido por agredir as vereadoras de Vitória Camila Valadão (Psol) e Karla Coser (PT), Gilvan da Federal foi alvo de protestos de moradores da cidade, há dois dias. Ele esbravejou, de cima de um trio elétrico, que Preta “bate palma para corrupto” e aliados também chegaram a chamá-la de “corrupta”. Nesta quinta-feira (1º), Preta pediu providências do presidente da Câmara, Paulo Fundão (PP), recebendo apoio da também vereadora Ciety Cerqueira (PT).

“Esse fascista esteve no nosso município utilizando um carro de som, denegrindo a imagem do Executivo e Legislativo com inverdades e disseminando ódio”, acrescentou, apontando que Gilvan da Federal “não merece estar sentado numa cadeira representando o povo, visto que ele não tem nenhum respeito principalmente pelas mulheres parlamentares”.

Para Preta, “o desrespeito a nós mulheres não pode se tornar numa rotina e nem um ato impune, como vem sendo praticado pelo cidadão citado acima. Espero que as autoridades tomem as medidas necessárias e cabíveis, para que comportamentos como esse não sejam incorporados a nossa cultura”.

Ela lembrou que, a partir do “dia em que ele tomou no microfone de mulheres que estão sentadas ao lado dele, do dia em que ele humilhou nossa vice-governadora [Jacqueline Moraes, do PSB], ele não tem moral de dizer que é melhor do que ninguém. Ele deve saber que ele saiu de umas mulher e eu espero que a mãe dele não esteja envergonhada de um cidadão tão repudiado como esse Gilvan (…)”.

Em aparte, a vereadora Ciety relembrou as agressões a Camila Valadão e Karla Coser, na Câmara de Vitória, e citou processos nos quais Gilvan está envolvido e uma sessão sobre diversidade religiosa, que foi objeto de um ato de racismo e preconceito no plenário da Câmara de Vitória, onde ele chegou com uma bucha e sabão para “limpar o ambiente”.

A movimentação de Gilvan, que disputará a Câmara Federal, junto aos servidores, de acordo com moradores de São Mateus, visa atingir a campanha do governador Renato Casagrande (PSB), candidato à reeleição com o apoio do prefeito Daniel da Açaí, contra o palanque bolsonarista, Carlos Manato (PL). A Prefeitura alega que “o movimento grevista é ilegal” e informa que adotou procedimentos na Justiça.

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