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Vereadores da ‘Operação Peixada’ se livram da cassação dos mandatos

Elcimara Loureiro, relatora do processo na Comissão Especial, defendeu uma advertência formal

Os vereadores Anderson Muniz (Podemos), Darcy Junior (Patriota) e Professor Arthur (SD), que participaram do tumulto na agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine), em 17 de novembro, na Serra, estão livres da cassação dos mandatos. Nessa terça-feira (27), a vereadora Elcimara Loureiro (PT), relatora do processo aberto na Comissão Especial Processante (CEP), descartou a penalidade máxima e defendeu uma advertência formal, com pedido de desculpas nas redes sociais.

O relatório, protocolado no final da tarde, será submetido à votação na Câmara Municipal no próximo dia 4. No documento, a relatora afirma que os vereadores “agiram de maneira indigna e faltaram com o decoro na conduta pública que a sociedade espera deles”, e aponta que o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), “que não é parte dessa Comissão Processante”, foi quem protagonizou o tumulto, “ofendendo funcionários, gritando, imputando condutas criminosas, abrindo gavetas e armários, tentando apreender celulares”.

Muribeca foi denunciado na Assembleia Legislativa pela gestão do prefeito Sergio Vidigal (PDT), mas o processo foi arquivado, por determinação do presidente Marcelo Santos (Podemos). Outras ações contra o parlamentar relacionadas ao caso tramitam na Justiça. Nos meios políticos, a “Operação Peixada” tem características de uma ação de campanha eleitoral, considerando que Muribeca é pré-candidato a prefeito nas eleições de outubro deste ano e concorrerá contra Vidigal.

A votação do relatório da CEP, encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, vai encerrar, no âmbito municipal, a denúncia do subsecretário de Trabalho e Renda do município, Renato Ribeiro, apontado por Muribeca e os três vereadores por prática de suposto apadrinhamento na distribuição de vagas de emprego.

Segundo a relatora, os vereadores “limitaram-se a ficar estáticos em volta dos acontecimentos, vez ou outra falavam alguma coisa com algum dos presentes, de maneira cordial, e serviram apenas de palanque para os atos de politicagem do deputado em questão”. Essas visão é baseada em vídeos e relato de testemunhas, afirma.

A Comissão Processante é formada ainda pelos vereadores Sergio Peixoto (Pros), presidente; e Professor Rurdiney, membro. O colegiado foi aprovado na Câmara por 13 votos a favor e 7 contra, depois de debates sobre a ação comandada pelo deputado Muribeca, pré-candidato a prefeito da Serra. Com os vereadores ele abriu arquivos, interrogou funcionários e se usou do poder de polícia, com o apoio da Polícia Militar.

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