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Vereadores eleitos em Cachoeiro prometem ‘diálogo’ com Ferraço

Vandinho da Padaria foi o mais votado, e Renata Fiório, única da coligação do novo prefeito

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O posicionamento de dois vereadores eleitos de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, serve como um indicativo do que o prefeito eleito Theodorico Ferraço (PP) poderá esperar da relação com a Câmara Municipal em seu quinto mandato. Renata Fiório (PP) foi a única mulher a ser eleita, e a única representante da coligação que apoiou Ferraço. Já Vandinho da Padaria (PSDB), o vereador mais votado, apoiou Lorena Vasques (PSB), mas se mostra disposto a conversar com o novo chefe do Executivo municipal.

De centro-direita, Vandinho afirma que ainda não teve contato com Ferraço após a eleição, mas está aberto a conversar. “Eu sou uma pessoa de diálogo, conseguiria dialogar com quem quer que fosse o prefeito eleito, e estou pronto para dialogar por Cachoeiro. Eu vou conversar com o prefeito eleito para, em comum acordo, governar a cidade da melhor maneira possível”, promete.

Reeleito para o segundo mandato com 2,4 mil votos, Vandinho afirma que esperava uma votação expressiva, mas não de primeiro colocado. Ele é dono de uma padaria no bairro Paraíso, seu principal reduto político, mas descarta o rótulo de “vereador bairrista”.

Sem um projeto ou pauta prioritária para a próxima legislatura, Vandinho coloca as áreas social e esportiva como as que tem mais afinidade. Em junho, ele protocolou um ofício direcionado ao Executivo municipal, pedindo que reajustasse os salários de profissionais da Assistência Social e Psicologia do município, tema que deverá ser retomado.

Renata Fiório, por sua vez, relata que tem voltado a se dedicar mais aos negócios pessoais que havia deixado de lado durante a eleição, e afirma que o prefeito eleito não deverá ter grandes problemas para encontrar uma composição na Câmara de Vereadores.

“O Ferraço sabe o que tem depois da montanha sem precisar ir até lá. O que podem esperar de mim é uma liderança combativa, estudiosa e comprometida com o bem comum, como sempre fui, e, se Deus quiser, uma parceria da administração, para que ele consiga entregar aquilo que ele se comprometeu a fazer”, comenta.

Fiório foi vereadora de 2017 a 2020. Na última eleição, decidiu se candidatar a prefeita pelo Partido Social Democrático (PSD), e ficou em quarto lugar, numa disputa com 11 candidatos. Na volta à Câmara, ela coloca como prioridade de mandato colaborar com Ferraço na revisão do aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Lixo, uma questão que causou desgaste a Victor Coelho (PSB). Ela também quer a Ouvidoria da Mulher mais presente na comunidade.

Católica praticante que “preza pelos princípios da moralidade”, Fiório terá também a missão de ser a única representante feminina na Câmara, como já havia acontecido em seu mandato anterior. “Se as mulheres, que são maioria, não querem se ver representadas por mulheres, a gente precisa entender qual é a vontade das mulheres”, argumenta, informando que haverá uma reunião no próximo dia 30 para debater o assunto dentro da Câmara.

Composição da Câmara

Das 19 cadeiras da Câmara de Cachoeiro, oito terão novos ocupantes a partir de 2025. Ficarão de fora na próxima legislatura Mestre Gelinho (PL), Professor Diogo Lube (PDT), Ely Escarpini (PSDB), Osmar Chupeta (Republicanos), Paulo Grola (Podemos), Ary Corrêa (Republicanos), Léo Camargo (PL) e Júnior Corrêa (Novo) – esses dois últimos participaram da eleição majoritária.

Seis vereadores iniciarão o primeiro mandato: Creone da Farmácia e Coronel Fabrício (PL); Ramon Silveira (PSDB); João Machado (PDT); Thiago Neves (PSB); e Vitor Azevedo (Podemos). Além de Renata Fiório, Marcos Coelho (PSB) é outro ex-vereador que retornará ao legislativo.

Se Lorena Vasques ficou em penúltimo na eleição majoritária, na disputa proporcional, a coligação governista foi a que teve melhor desempenho. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) garantiram quatro cadeiras cada um. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) conseguiu eleger três vereadores.

Da coligação de Diego Libardi, o Podemos conseguiu eleger três parlamentares – incluindo o atual presidente da Câmara, Brás Zagotto -, e o União Brasil, dois. O Partido Liberal (PL), de Léo Camargo, também ficou com duas cadeiras. A coligação de Carlos Casteglione (PT) foi a única que não conseguiu eleger vereadores.

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