Por iniciativa do vereador Fabrício Gandini (PPS), articulador do prefeito Luciano Rezende (PPS), a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vitória, a ser realizada nesta quarta-feira (15), caminha para ser em chapa única, com redução do controle exercido pelo partido do prefeito, há mais de quatro anos.
O grupo de seis vereadores que formaram a chapa de oposição ao candidato de Luciano, Leonil Dias, também do PPS, alcançou a maioria, com a garantia de oito votos favoráveis, obrigando os interlocutores do prefeito a buscarem a negociação, a fim de não perder o controle total do Legislativo.
O bloco mantém o vereador Cleber Felix (PP) na presidência, passando o candidato do prefeito, Leonil, para a vice. Os demais cargos da Mesa Diretora seriam divididos entre os dois grupos da seguinte forma: 1ª e 3ª Secretarias com a oposição, a segunda com o PPS.
Representantes dos dois blocos se articulam desde sexta-feira (10) e já reúnem assinaturas dos demais integrantes para garantir o fechamento da chapa até esta quarta-feira (15), quando será realizada a votação, a partir das 13 horas.
O bloco de oposição é formado também pelos vereadores Sandro Parrini (PDT), Natan Medeiros (PSB), Davi Esmael (PSB), Dalto Neves (PTB) e Luiz Paulo Amorim (PV). Eles contam com o apoio dos colegas Roberto Martins (PTB) e Mazinho dos Anjos (PSD), totalizando oito votos. Até sexta-feira passada (10) não havia entendimento, como foi registrado na sessão que derrubou o veto de Luciano Rezende ao uso da área onde será construído o Centro Tecnológico, em Goiabeiras. Além dos oito da oposição, mais três da base aliada votaram contra o prefeito.
Com a chapa única, o PPS e o prefeito Luciano Rezende têm o poder na Câmara reduzido, mas não da forma como era esperada, como aponta o cenário registrado até o final da tarde desta segunda-feira, com as negociações processadas ainda sigilosamente.