Juvenal Enfermeiro divulgou vídeo em que afirma: “Toma vergonha na cara, prefeito, deixa de ser mentiroso”
“Tudo que eu sei é que Mateusinho, que do povão não tem nada, anda com mentirada”. Com essa frase, o vice-prefeito de Conceição da Barra (norte do Estado), Juvenal Ferreira Estevo, o Juvenal Enfermeiro (PSDB), rompeu com o prefeito Walyson Vasconcelos, o Mateusinho do Povão (PTB). Em um desabafo divulgado nas redes sociais, ele ressalta: “Toma vergonha na cara, prefeito, deixa de ser mentiroso”.
Juvenal Enfermeiro diz que é avo de perseguição do prefeito, que demitiu todas as pessoas ligadas a ele e ordenou aos secretários que não atendessem a seus pedidos, entre outras medidas para prejudicá-lo.
O prefeito foi procurado para esclarecer as acusações, mas os contatos não obtiveram êxito. Nas redes sociais, no entanto, ele afirma que o seu vice-prefeito está recebendo salário sem prestar os devidos serviços à comunidade, e aponta as declarações de Juvenal como fake news.
“Eu tinha um carro, que era para atender a comunidade de Braço do Rio e à população; o prefeito pegou esse carro e disse que ia fazer manutenção e não me devolveu o carro”, diz Juvenal, lendo uma lista das medidas adotadas por Mateusinho para persegui-lo. Entre elas, uma sala onde ele prestava atendimento.
“Tomou essa sala que eu atendia à população e todos os meus pedidos não foram atendidos. Não devo satisfação nenhuma ao prefeito, devo ao povo que me confiou e me deu essas oportunidade”, afirma, e enfatiza: “Ele é mentiroso e quem manda na prefeitura não é ele e sim outra pessoa. O município está uma bagunça, com obras paradas e falta de medicamentos”.
Mateusinho e Juvenal foram eleitos em 2020, sendo empossados em janeiro de 2021. Menos de um ano depois da posse, em dezembro, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) protocolou na Justiça Eleitoral pedido de cassação do mandato dos dois por abuso de poder político e econômico. Segundo o documento, o prefeito concedeu isenção de impostos, “autorizando a baixa de débitos do sistema da prefeitura, de um clube de grande repercussão na cidade, sem que houvesse lei que o autorizasse ou mesmo emitido ato legal”.