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Vidigal esclarece que não há reconciliação em curso com Audifax

Uma notícia publicada nessa sexta-feira (14) no jornal Tempo Novo, da Serra, cravou a inusitada manchete: “Audifax e Vidigal caminham para reconciliação”. A foto exibia os rivais sorrindo, dando a impressão de que o improvável acontecera. 
A entrevista do prefeito serrano, porém, não confirma a manchete. Audifax Barcelos (PSB) explica que os dois, na condição de detentores de mandatos públicos, têm a obrigação de fazer o melhor para a Serra. “Eu concordo com ele quando disse que temos que ser altruístas”, disse o prefeito. 
Audifax se referia à entrevista concedida pelo deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) ao mesmo veículo, que também teria afirmado que seu compromisso com a Serra estava acima das diferenças políticas. 
Nessa sexta, Vidigal conversou com a reportagem de Século Diário para tirar o “ruído” da informação. Ele esclareceu que não há reconciliação em curso com Audifax. “Tenho obrigações com a Serra. Estou disposto a trabalhar junto neste sentido. Mas o meu projeto político é um e o dele é outro. O projeto dele para a Serra não nos representa”, frisou o pedetista
Ele explicou que o mandato não é dele, mas do eleitor, e que sua obrigação é fazer o melhor para os serranos, responsáveis por grande parte dos votos que conquistou para se eleger deputado. “Não podemos fazer disputa eleitoral com o mandato. Foi nesse sentido que disse que o prefeito deveria baixar as armas e buscar o diálogo para o bem da Serra”.
Questionado sobre o movimento da base de Audifax na Câmara da Serra para não aprovar suas contas (2011) à frente da prefeitura da Serra, Vidigal foi lacônico: “É preciso demonstrar atitude”, disse, dando a entender que o discurso do prefeito de buscar o diálogo segue na contramão de suas atitudes. 
Disputa
Deixando a polêmica com Audifax de lado, Vidigal garantiu que o PDT terá candidato a prefeito na Serra. “Não adianta discutir nomes agora”, disse já antecipando que se esquivaria de responder se é candidato. 
Apesar de não querer adiantar sua posição, Vidigal fala como candidato. Ele faz projeções para o cenário eleitoral de 2016 e avalia que o comportamento do eleitor pode ser completamente diferente em relação à eleição de 2012. “O Luciano [Rezende (PPS), prefeito de Vitória] saiu na frente com aquele apelo da mudança, que acabou se propagando para outras disputas, principalmente da Grande Vitória. Mas parece que as prometidas mudanças não atenderam as expectativas do eleitorado”. 
O deputado, deixando claro que não queria julgar os mandatos dos prefeitos, citou os exemplos de Juninho (PPS), em Cariacica; e de Rodney Miranda (DEM), em Vila Velha, a quem se referiu com fraternidade. “A eleição passada mostrou que não é só ‘um nome novo’ que resolve. A renovação não pode ser só com novos nomes”. 
Vidigal aposta que o eleitor no próximo pleito vai se identificar com o candidato que combine experiência e um projeto inovador. “A Serra, por exemplo, não precisa de um nome novo, mas de um novo projeto”. 
E falou mais uma vez como candidato. “Mudança se faz com um projeto novo e experiência. Posso dizer que conheço um pouco a realidade da Serra”, disse o deputado, que governou o município por três mandatos: de 1997 a 2004 e de 2008 a 2012, quando foi eleito com mais de 94% dos votos válidos. Nas eleições seguintes, o pedetista seria justamente derrotado por Audifax, que bateu seu maior rival com mais de 61% dos votos válidos.

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