Durante discussão sobre a reforma Administrativa, dirigentes sindicais se manifestaram em Brasília
A discussão na comissão especial da Câmara dos Deputados a respeito do substitutivo do relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA), sobre a Proposta de Emenda Constitucional 32 (PEC 32), se encerrou sem que houvesse votação. Enquanto o debate acontecia, manifestantes de todo o país se concentraram entre os ministérios da Agricultura e da Economia, e seguiram rumo ao anexo II da Casa de Leis. A PEC trata da reforma Administrativa e tem sido encarada como um ataque ao serviço público.
Entre os manifestantes, estavam representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais do Espírito Santo (Sindipúblicos), da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes), do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sindijudiciário) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – Seção Sindical Ifes.
O presidente do Sindipúblicos, Tadeu Guerzet, informa que a previsão é de que a votação seja nesta quinta-feira (16). O ato foi organizado pelas centrais sindicais, com a presença, principalmente, de dirigentes. “Foi grande, com dirigentes do Brasil todo”, salienta.
A diretora da Adufes, Junia Zaidan, destaca também a participação dos movimentos populares e estudantil, além da abordagem dos sindicalistas aos parlamentares, no aeroporto de Brasília, o que achou “muito importante”.
Embora o governo Bolsonaro tenha tido algumas derrotas em suas propostas, como a não aprovação da Medida Provisória (MP) 1045, que propunha uma “minirreforma trabalhista”, Junia acredita que é preciso intensificar a mobilização contra a PEC 32. “Nem a não aprovação da MP nem eventuais alterações na PEC podem nos fazer relaxar. Temos que intensificar a nossa luta”, defende.