Maior queda é do deputado estadual Torino Marques, que obteve 6,6 mil votos na disputa à Câmara, distantes dos 22 mil de 2018
Além de não saírem vitoriosos das urnas, alguns deputados amargam uma queda brusca no número de votos este ano se comparado às eleições de 2018. O grande destaque nesse quesito é o deputado estadual Torino Marques (PTB), que obteve 6,6 mil votos na disputa à Câmara dos Deputados, muito distante dos 22 mil que atingiu no pleito passado. Outros que sofreram queda foram os deputados estaduais Carlos Von (DC), Hércules da Silveira (Patri), Sergio Majeski (PSDB), Alexandre Quintino (PDT); e os deputados federais Neucimar Fraga (PP), Norma Ayub (PTB) e Lauriete (PSC).
A votação de Torino Marques, do campo bolsonarista, neste ano foi cerca de 70% menor do que nas eleições passadas. Portanto, ainda que tivesse tentado a reeleição, não permaneceria na Assembleia Legislativa.
Carlos Von, também de oposição ao governo Renato Casagrande (PSB) e alinhado às pautas da extrema direita, disputou a reeleição. Com 9 mil votos, sua votação foi cerca de 40% menor que em 2018, quando conquistou 14,6 mil eleitores.
Neucimar Fraga, que buscou reeleição, teve cerca de 14 mil votos a menos, descendo de 53,7 mil para 39,5 mil. Com uma média de 20 mil votos a menos, Norma Ayub também não volta para a Câmara dos Deputados. Em 2018, teve 57,1 mil votos, enquanto que este ano obteve 37,9 mil.
Lauriete caiu de 51,9 mil votos para 25,5 mil, cerca de 26 mil a menos. Felipe Rigoni (União), que tentou se cacifar para uma disputa ao governo, sem êxito, teve uma média de 20 mil votos a menos, descendo de 84,4 mil para 63,3 mil. Os dois também não conseguiram permanecer na Câmara.
Alguns deputados estaduais tiveram um número de votos bastante semelhante ao das eleições 2018, até mesmo um pouco maior, mas não o suficiente para a reeleição. Bruno Lamas (PSB) é um deles. Ele conquistou 16,9 mil eleitores, ocupando a primeira suplência. Há dois anos, o número de votantes foi de 16,4 mil. Situação semelhante é a do deputado estadual Luiz Durão (PDT). Eleito com 17,8 mil votos em 2018, agora ele teve 17,4 mil. Outro que se encaixa nesse grupo é o Pastor Marcos Mansur (PSDB), que recebeu 13,7 mil votos há dois anos e 13,2 mil em 2022.
Também está na lista, Soraya Manato (PTB), neste caso na eleição à Câmara Federal, que subiu de 57,7 mil para 59,9 mil.
Outros, apesar de obter uma votação maior na disputa para o mesmo cargo, não conseguiram se reeleger. São eles: Emilio Mameri (PSDB) e Marcos Madureira (PP),ambos candidatos à reeleição na Assembleia. O primeiro fez 16,3 mil votos, cerca de 5 mil a mais se comparado a 2018, quando alcançou 11,4 mil. O segundo, 15,8 mil votos, mais de 2 mil a mais que há dois anos, quando teve 13,2 mil.
Embora tenham tido uma quantidade superior de votos se comparado a 2018, isso não possibilitou que alguns deputados estaduais pudessem começar uma nova fase em suas carreiras políticas em um mandato na Câmara dos Deputados. Renzo Vasconcelos saltou de 42,9 mil para 82,2 mil, mas seu partido, o PSC, não conquistou nenhuma cadeira. Freitas (PSB) elevou de 15,3 mil para 36,7 mil e Marcos Garcia (Progressistas) saiu de 13,4 mil para 26,7 mil, mas também não foram eleitos, assim como Rafael Favatto (Patri), com 10 mil votos a mais, subindo de 17,6 mil para 27,9 mil.