Quarta, 24 Abril 2024

Aluno de escola agrícola familiar capixaba é terceiro lugar nacional no Enem

Aluno de escola agrícola familiar capixaba é terceiro lugar nacional no Enem

Veio de uma escola do campo do norte do Espírito Santo o primeiro lugar estadual e o terceiro lugar nacional na prova objetiva do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018. 



Adrian Lopes Faustino, que completa 18 anos na próxima terça-feira (11), é estudante do terceiro ano da Escola Municipal Família Agrícola Jacyra de Paula Miniguite, localizada em Córrego Valão Fundo, no interior de Barra de São Francisco. Seu sonho é cursar Medicina. 



Em matéria publicada no site da Prefeitura de Barra de São Francisco, Adrian contou que recebeu o resultado por e-mail e contou para a família e para seus professores. 



Ele é mineiro de Divinópolis e chegou ao município capixaba aos seis anos de idade. É filho de Verônica Faustino de Souza Lopes e Rogelio Francisco Lopes (já falecido) e atualmente mora com a mãe, o padrasto e dois irmãos, a quem deseja poder ajudar quando se formar médico. 



O estudante disse que se surpreendeu com o resultado, mas fez a prova com calma, pois havia estudado bem e é bom em Matemática. A próxima etapa do Exame é o resultado da prova de redação, que teve como tema “Manipulação do Comportamento do Usuário pelo Controle de Dados na Internet”.



Autoritarismo e anacronismo



A conquista que Adrian obteve, com apoio de sua família e professores, é mais uma prova da qualidade e da importância da Educação do Campo, que tem sofrido seguidos ataques do Governo estadual, seguindo uma cartilha autoritária e anacrônica ditada desde Brasília, por Michel Temer. 



A atual gestão de Paulo Hartung já fechou cerca de cem escolas do campo, apesar dos protestos das comunidades às quais elas servem. Os fechamentos somente conseguem ser evitados em raras exceções, quando a mobilização popular alcança grande repercussão social e encontra apoio em juízes mais sensibilizados à causa. 



Via de regra, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) atropela as vozes da população e das comunidades escolares – havendo até casos de ameaça e coação contra membros dos conselhos escolares – determinando a transferência dos alunos para os centros urbanos, trazendo enormes prejuízos para o aprendizado dos estudantes e transtornos para a vida das famílias como um todo. 

 

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