Articulações do PT incluem Coser ou Iriny na disputa à Prefeitura de Vitória
A votação no Processo de Eleição Direta (PED) do PT, a ser realizada em 8 de setembro próximo para eleger delegados ao congresso nacional do partido e apontar o futuro comando no Espírito Santo, definirá também os nomes para concorrer à Prefeitura de Vitória em 2020. Mesmo sem chances de obter êxito, a candidatura servirá para puxar a legenda para a chapa de vereadores.
A deputada estadual Iriny Lopes e o ex-prefeito João Coser, atualmente presidente do partido no Espírito Santo, trabalham com essa finalidade e se articulam para aproximar as diferentes correntes partidárias, a fim de garantir o comando da Executiva, pretendido pelo deputado federal Helder Salomão e a candidata ao governo do Estado em 2018, Jackeline Rocha. Essa escolha será realizada em outubro deste ano.
Alinhada a João Coser, Jackeline Rocha representa, segundo os meios políticos, a continuação da gestão do ex-prefeito, apontado como desastrosa: não somente pela demonização do partido, que resultou na deposição da ex-presidente Dilma Rousseff e na prisão do ex-presidente Lula, mas, principalmente, por sua aproximação com o ex-governador Paulo Hartung.
Iriny é próxima ao deputado federal Helder Salomão, que já se lançou candidato à presidência da Executiva. Os dois estão empenhados em reerguer o partido no Estado e se articulam com as diversas correntes internas.
Sem chances de voltar a administrar a capital do Estado, o PT trabalha para montar uma chapa de vereadores com nomes já conhecidos do eleitorado, mas investe, ao mesmo tempo, em novas lideranças, a fim de inserir outros grupos, como jovens, mulheres, negros e evangélicos. Deve fazer de dois a três vereadores, segundo avaliação dos meios políticos.
São apontados como candidatos com lugar garantido na chapa os ex-vereadores Alexandre Passos, Marcelão e Geraldo Bolão, o dirigente partidário Perly Cipriano e os ativistas Tarcísio Vargas, Arlete e Geraldo do Carmo.
A última eleição da Executiva do partido, em 2017, foi marcada por muita polêmica e conflito entre o presidente João Coser e o então deputado federal Givaldo Vieira. Apontado como favorito, Givaldo denunciou manobra do adversário e não conseguiu os votos necessários e, sentindo-se traído, transferiu-se para o PCdoB, sigla pela qual não conseguiu a reeleição em 2018. Coser, da mesma forma, foi derrotado ao concorrer à Câmara Federal.
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