Quarta, 24 Abril 2024

Ato em Vitória defende concurso para o INSS e rejeita atuação de militares

Ato em Vitória defende concurso para o INSS e rejeita atuação de militares

A intervenção militar não resolve o problema de atendimento aos filiados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujos mais de dois milhões de processos estão paralisados no órgão. Esse é o entendimento do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Espírito Santo (Sindprev-ES), que nesta sexta-feira (24) realiza ato de ocupação da Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. 



A manifestação, a partir das 9 horas, visa esclarecer a população sobre o colapso no atendimento ao público no INSS e serve para marcar o Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público. Os trabalhadores da Previdência Social alertam para a ineficácia da medida e apontam a realização de concurso público, para repor servidores que deixaram o órgão, como a solução mais adequada. 



Entre as principais questões a serem tratadas, está a proposta do Governo Federal de convocar militares para atuarem no INSS com o objetivo de reduzir a fila de espera por atendimento. O objetivo das ações é pressionar o Governo Federal para a realização de um concurso que reponha o quadro de servidores reduzido por conta de aposentadorias, explica o diretor do Sindprev-ES Willian Aguiar Martins.



Ele acrescenta que os manifestantes também recolherão assinaturas para um abaixo-assinado promovido pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) em todo o Brasil.



O ato em Vitória integra um conjunto de manifestações que serão realizadas em todo o Brasil no mesmo dia e que têm outras pautas a serem tratadas, como a retomada dos investimentos no INSS para o oferecimento do serviço adequado para os trabalhadores brasileiros. 



Será denunciada, ainda, a estratégia do Governo Federal de promover o sucateamento das agências e o fechamento de muitas unidades. Já no final de 2019, foi anunciado que 50% dos pontos de atendimento seriam fechados, o que promove, de acordo com o Sindicato, um cenário de caos para justificar a futura privatização do sistema, segundo o sindicalista. 



“Quem precisa ser atendido nas agências já sente isso na pele, pois como não há concurso, não há funcionários suficientes para atender à população. Diante disso, o Instituto decidiu encaminhar todos os processos para o chamado “Meu INSS”, um atendimento via internet que resulta em meses de espera para que os processos sejam analisados”, comenta William Aguiar Martins. 



Ser atendido presencialmente já é quase impossível e a proposta de intervenção militar não resolve o problema, no entendimento dos trabalhadores do próprio INSS, técnicos qualificados que apontam como soluções as propostas que serão debatidas com a população nesta sexta-feira. 



Extintas há anos, as filas no INSS representam mais um ponto negativo do governo Jair Bolsonaro, gerado pela falta de preenchimento de vagas abertas por aposentadorias de servidores do órgão em decorrência da suspensão de concurso público por determinação do ministro da Economia, Paulo Guedes.  



Para reduzir as filas, o governo anunciou a contratação de cerca de sete mil militares, o que levou o subprocurador-geral do Ministério Público Federal no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, a pedir a suspensão da contratação dos militares. 

 

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