Quarta, 24 Abril 2024

Bairro Jesus de Nazareth protesta contra a violência policial

Bairro Jesus de Nazareth protesta contra a violência policial

Cerca de 80 moradores do bairro Jesus de Nazareth, em Vitória, fizeram protesto nesta segunda-feira (24), às 16 horas, contra a violência policial no local. Na última sexta-feira um gari foi baleado por policiais encapuzados, que já chegaram no local atirando contra um grupo de jovens, segundo os moradores.


A manifestação começou em frente ao prédio da sede do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper e seguiu até o outro lado da avenida Beira Mar, onde fica a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Depois, o grupo voltou e se reuniu em celebração religiosa ecumênica no bairro, encerrando o ato.


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O coordenador do Círculo Palmarino, Lula Rocha, informou que o gari atingido é da região. Ele foi baleado no tornozelo e pede para não ser identificado, temendo represália da polícia.


Lula Rocha  divulgou manifesto informando que “Jesus de Nazareth (ele mesmo) pede paz”. Relata que na sexta-feira a polícia chegou no bairro com militares encapuzados, num carro descaracterizado, avistou um grupo de jovens e já desembarcou abrindo fogo contra eles.


Informa que o local é de intensa circulação de pessoas. “Um trabalhador que cuidava da limpeza púbica da comunidade naquele momento é atingido. A polícia só cessa fogo após moradores e outros trabalhadores suplicarem piedosamente. Mesmo assim, nega o socorro à vítima, pede reforço e inicia mais uma operação midiática em Jesus de Nazareth com direto a helicóptero e tudo mais”. A polícia disse que os policiais eram do serviço reservado - a PM2 -, daí usavam máscaras. 



Diz ainda que, enquanto isso, foi um morador que colocou “o trabalhador baleado em seu carro e o levou para o pronto atendimento. Após o sobrevoo da aeronave, deslocamento de diversas viaturas e tropas, a Polícia já mobilizava seu staff para veicular sua versão dos fatos, que mais uma vez é totalmente distinta dos relatos das pessoas que presenciaram o ocorrido”. 


Lula Rocha denuncia que a Polícia, antes de ir para mídia, nem se preocupou com o estado de saúde da vítima, tampouco em ouvi-la. Por conta de toda a indignação, a comunidade, a vítima, os colegas de trabalho e familiares desmentiram a versão dada pelo comandante de área da Polícia Militar na mídia.


Cobra o coordenador do Círculo Palmarino: "Além da indignação diante de todo este revoltante episódio, a comunidade não aguenta mais tanta criminalização e a ausência de políticas públicas efetivas para garantir a paz aos moradores”.

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