Bruno Lamas e Gandini entram na corrida pela Presidência da Assembleia

Segunda vitrine mais importante do poder público no Estado, a presidência da Assembleia Legislativa movimenta o cenário político com a entrada de dois aliados do governador eleito, Renato Casagrande (PSB). Além de montar sua equipe de auxiliares do primeiro escalão, ele também se debruça sobre esse tema, a fim de garantir relacionamento favorável a sua gestão, a partir de 2019. 

O deputado reeleito Bruno Lamas, do mesmo partido de Casagrande, tem desenvolvido articulações visando se firmar como candidato à Presidência da Assembleia, disputando com o atual presidente, Erick Musso (PRB), que perde espaço, embora mantenha densidade para poder tentar alcançar a reeleição ao cargo. 

Os dois têm pela frente o vereador da capital e deputado eleito, Fabrício Gandini (PPS), candidato do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), aliado de primeira hora de Casagrande e que foi preterido na indicação da ex-secretaria de Desenvolvimento a Cidade, Lenise Loureiro (PPS), como vice, gerando um estremecimento entre o seu partido e o PSB, que deve ser cobrado nas articulações em andamento. 

 

De comum entre os três, as prefeituras de seus municípios: Bruno Lamas é potencial candidato na Serra, Erick Musso em Aracruz, e Fabrício Gandini é, desde já, pré-candidato em Vitória, dentro do projeto do prefeito Luciano Rezende que, no entanto, esbarra na pretensão do vice-prefeito da capital, Sérgio Sá (PSB), e de Lenise Loureiro. 

No caso de Erick Musso, o atual presidente, ele vem se desvencilhando do governador Paulo Hartung (sem partido), responsável em grande parte pela sua reeleição, e tentando estreitar a aproximação com Renato Casagrande. Com terceiro mandato à frente do Legislativo, Erick ampliará a visibilidade para disputar a Prefeitura de Aracruz.  

As duas maiores bancadas da Assembleia são do PSL, do presidente eleito Jair Bolsonaro, comandado no Espírito Santo pelo deputado federal Carlos Manato, com quatro deputados, que esboça a tendência de se aliar com Erick Musso, e a do PSDB, com três parlamentares, que deve se aliar ao PPS de Gandini, segundo o mercado político.