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Entidades cobram políticas diante de rejeitos de minério e derrame de petróleo

O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Espírito Santo (Consea-ES) convocou para o próximo dia 28 de novembro uma plenária ampliada com o tema “Impactos socioambientais dos rejeitos de minério do crime de Mariana e do derrame de petróleo na costa brasileira”. A atividade aberta a todas sociedade acontece no Auditório da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), no Barro Vermelho, Vitória, a partir das 13h30.

De acordo com o presidente do Consea-ES, Rosemberg Caitano, em sua reunião ordinária em outubro, o conselho viu com preocupação a chegada do óleo derramado no litoral capixaba e a perpetuação das dificuldades das comunidades em torno do Rio Doce com a qualidade e uso da água. “Nos preocupamos com a qualidade da água no Estado porque ela é o principal alimento e sem ela as pessoas não conseguem ter acesso aos outros alimentos”, explicou.

A plenária acontece no embalo dos preparativos para a Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, que deve acontecer nos dias 11 e 12 de dezembro em local ainda a ser definido. Nela, serão debatidos temas relacionados com alimentação e nutrição da população capixaba e levantadas sugestões de políticas públicas e outras ações para implementação do governo estadual.

De tal maneira, o Consea-ES convidará para o próximo dia 28 representantes de movimentos sociais, pesquisadores, pessoas atingidas pelos crimes, pescadores, conselheiros municipais nos municípios afetados para obter mais informações sobre a situação nos locais e pensar estratégias e propostas. 

Curiosamente, a plenária abordará dois crimes graves, mas com temporalidades distintas. Enquanto o derrame de petróleo recém atingiu a costa capixaba e as autoridades ainda batem cabeça sobre como lidar com seus impactos, o caso do Rio Doce já completou quatro anos desde o rompimento da barragem de rejeitos em Mariana, embora ainda acumule inúmeros problemas.

“No crime de Mariana, a gente vê que a sociedade civil está sempre à margem, não há política de reparação dos danos e recuperação do rio. No caso do petróleo, vemos o poder público se mobilizando mas sem envolvimento da sociedade civil para participação e controle social”, reclama Rosemberg. “É preciso chamar a sociedade civil para debater mais esses assuntos, que estão muito dentro dos gabinetes”.

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