Quinta, 25 Abril 2024

Espírito Santo avança na política para agricultura orgânica

Espírito Santo avança na política para agricultura orgânica

“É um momento ímpar para o Espírito Santo. Enquanto em nível nacional e em muitos estados a agenda em torno da agroecologia e produção orgânica tem regredido, estamos avançando por aqui”. A fala é de Douglas Avaristo, integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), após a realização nesta semana da conferência para elaboração do Plano Estadual de Produção Agroecológica e Orgânica (Pleapo), que reuniu cerca de 50 representantes regionais em Nova Almeida, na Serra.


No final do ano passado, foi sancionada a lei que institui a política para o setor, que agora passa pela elaboração do plano a partir da consulta com a sociedade civil. No processo foram feitas seis oficinas regionais que reuniram cerca de 300 participantes entre os municípios de Aracruz, Nova Venécia, Santa Maria de Jetibá, Guaçuí, Iconha e Mantenópolis, organizadas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) com apoio de outras entidades públicas parceiras e grupos organizados da sociedade civil. Desses encontros foram levantadas propostas e tirados delegados para representar a construção da agenda estadual.


“Queremos elaborar uma proposta bem construída a partir da sociedade organizada. Caberá ao governo do Estado apoiar ou não apoiá-las”, disse Douglas, que apontou o surgimento de propostas ousadas e complexas, que serão melhor desenvolvidas e construídas a partir de uma comissão técnica que se reunirá em janeiro do ano que vem.


O militante do MPA vê com bons olhos e respalda a iniciativa do governo de Estado de construir um processo participativo junto aos territórios e comunidades, que também tem possibilitado maior articulação da sociedade civil. “Temos conseguido avançar na conexão entre as diferentes regiões do Estado e as diferentes formas de fazer agroecologia, otimizando também a Articulação Capixaba de Agroecologia”, pontua Douglas Alvaristo.


Luciano Fasolo, coordenador de projetos da Seag, considera importante que cada agricultor se sinta corresponsável e contemplado pelo Plano. “O que se espera desse processo é ter um instrumento que, efetivamente, norteie o desenvolvimento e expansão da agroecologia capixaba, elevando sua compreensão e importância para além de apenas uma cadeia produtiva, mas sim como um dos fios condutores do processo de desenvolvimento rural sustentável do Estado”, disse.

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