Fantasma das delações

Depois do escândalo da Odebrecht, que na época caiu como bomba no mercado político capixaba, mas um caso nacional atinge o Estado. O nome da senadora Rose de Freitas (Podemos) repercute na imprensa nacional nesta quarta-feira (24), ao lado do tucano Aécio Neves (MG), por suposto beneficiamento em recebimento de propina de um esquema criminoso do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB). O caso foi revelado pela Globo News, após obter novos trechos da delação do operador financeiro de Cabral, Carlos Miranda, homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época (2011), como diz a acusação, reproduzida também no G1, Rose era deputada federal pelo MDB e teria recebido, das mãos de Miranda, R$ 500 mil. Como vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Federal, a contrapartida seria barrar os requerimentos feitos pelo então deputado federal Anthony Garotinho, um dos principais inimigos políticos de Cabral. No ano passado, a senadora apareceu em situação semelhante. Outra delação, do doleiro e operador de Eduardo Cunha (também MDB), Lúcio Panaro, a incluiu em uma lista de beneficiados em campanhas por um fundo criado por Cunha de até R$ 90 milhões. Quer dizer, não bastasse uma derrota e tanta nas urnas, mais um desgaste pra conta da senadora. Inferno astral versão 2018.

Segue...

Assim como no caso anterior, Rose negou tudo. Ao G1, alegou que "de acordo com o parecer jurídico da Câmara, o Congresso Nacional não tem competência para fiscalizar os poderes executivos estaduais". Agora, só nos resta aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Sei não...

Quem também apareceu na imprensa nacional nesta quarta foi o governador Paulo Hartung. A coluna Expresso, de Murilo Ramos, na Revista Época, repetiu o que foi publicado esses dias em A Tribuna, de que ele flerta com a Rede, do prefeito da Serra, Audifax Barcelos. O partido, porém, além de capenga no Estado, não superou a cláusula de barreira no pleito. Terá que garantir uma fusão.

Nada tranquila

...na mesma coluna, saiu “a quantas anda” a transição entre ele e Casagrande, destacando que o clima esquentou e o socialista critica transferências a municípios feitas de forma irresponsável no apagar das luzes. 

Nada tranquila II

Como o governador tem pavor de ficar mal na foto nos veículos nacionais, a secretária de Comunicação, Andréia Lopes, correu para rebater a informação. Disse que Hartung é “responsável” e deixará o governo “organizado, sem dívidas e com dinheiro em caixa”. Duvideodó?



Trunfo

Voltando na história da Rede, já repeti aqui, algumas vezes, que o governador aposta tudo no senador eleito, Fabiano Contarato, para apresentar como trunfo. O que inclui emplacar o aliado e articulador, Robinho Leite, como chefe de Gabinete do delegado. As conversas, aposta o mercado, estão avançadas.

Evento

Por falar em Casagrande, o governador eleito vai realizar um “culto de agradecimento” pela vitória nas eleições. Na próxima segunda-feira (5), às 19 horas. Mas olha o local: Cerimonial Prime Hall (Clube dos Oficiais), em Jardim da Penha, Vitória. 

Sem modéstia

O presidenciável Jair Bolsonaro e o presidente do PSL no Estado, Carlos Manato, não têm o mínimo receio de cantar vitória antes de domingo (28). A convocação para uma festa no dia da votação, às 17 horas, na Praça do Papa, já crava logo: é pra comemorar o resultado das urnas e o “Brasil livre do PT”. Os candidatos costumam ser mais cautelosos nessas horas.

Democracia

No dia anterior, sábado (27), as ações são no campo contrário. Às 9h, será realizada uma plenária do Fórum de Mulheres do Estado, no Sindibancários, Centro de Vitória, com a temática “Resistência e Democracia: com quantas fraquejadas se faz uma revolução”. De lá, o grupo segue para a Praça do Papa. 

Democracia II

O local será palco, às 14 h, de mais um ato realizado por mulheres, desta vez, chamado “Democracia sim, #elenão”. Um repeteco do anterior, de setembro último, que ocorreu ao mesmo tempo em várias capitais do País.

PENSAMENTO:

“O mais competente não discute, domina a sua ciência e cala-se”. Voltaire