Formação de secretariado sinaliza para reeleição de Casagrande em 2022

A reeleição para um terceiro mandato, dois consecutivos, do governador eleito, Renato Casagrande (PSB), em 2022, fica cada vez mais sinalizada com a formação de seu secretariado, marcada pela escolha de nomes fora do círculo político eleitoral, como educação e segurança, e, também, de pessoas que jamais irão gerar problemas nessa direção.

Essa característica ficou demonstrada desde a indicação da vice na chapa para disputar o governo, que recaiu no nome de uma ex-vereadora de Cariacica, Jaqueline Moraes, microempreendora e secretária estadual do movimento de mulheres do PSB. 

Jaqueline entrou no lugar de Lenise Loureiro, indicada do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, ambos do PPS, que teve que se contentar com a disputa à Câmara Federal, obtendo uma votação de pouco mais de 17 mil votos. Esse foi o primeiro sinal, gerando um estremecimento entre os dois partidos aliados.

Nesta semana, Renato Casagrande deve definir os nomes para contemplar partidos coligados, entre eles o PP, do deputado federal não reeleito Marcus Vicente, que chegou a ser cotado no mercado político para a Agricultura; o PSDB, do senador Ricardo Ferraço (também não reeleito); e o PDT do depurado federal e ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal (PDT), um dos mais bem votados nas eleições de outubro passado. 

Chama mais a atenção do mercado político a indicação do secretário de Cultura, depois da divulgação de que o ocupante desse cargo na primeira gestão de Renato Casagrande, Maciel de Aguiar, estaria se movimentando a fim de ser o indicado. 

Nos círculos mais próximos ao governador eleito, comenta-se que essa escolha estaria fora de cogitação, considerando que Maciel de Aguiar também atuou no governo de Paulo Hartung (sem partido), mantendo ainda ligações com lideranças próximas ao atual governador, embora rompido politicamente com ele.

Até agora estão confirmados no próximo governo Álvaro Duboc, para o Planejamento; Flávia Mignoni, Comunicação Social; Rogélio Pegoretti, Fazenda; David Diniz, Casa Civil, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Instituto Jones dos Santos Neves, Vitor de Angelo, Educação, Tyago Hoffman,  Governo, e Rodrigo de Paula, Procuradoria-Geral (PGE).