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Frente unificada de policiais recebe apoio de deputados estaduais 

Após um ato realizado na tarde desta segunda-feira (9) na Assembleia Legislativa, agentes que integram a Frente Unificada de Valorização Salarial dos Policiais Civis, Militares e Bombeiros receberam apoio dos deputados estaduais na luta por reajuste salarial.   

De acordo com um dos representantes da Frente, Rodolfo Laterza, presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil, a maioria dos deputados, inclusive da base governista, afirmou que apoia o pleito dos policiais militares e civis e integrantes do Corpo de Bombeiros. “Os deputados afirmaram aos líderes da Frente que têm alertado o governo sobre a gravidade do problema remuneratório e cobrado solução”, apontou. 

Por volta das 14 horas, os agentes de segurança tomaram a galeria do plenário da Assembleia munidos de faixas e cartazes. Num deles era possível ler: “Governador Casagrande mantém política salarial equivocada e fora da realidade do Brasil”. O ato foi uma“reação à falta de medidas concretas do governo sobre a recomposição salarial e críticas ao péssimo tratamento dado à segurança pública do Estado”. O deputado Lorenzo Pazolini (sem partido) chegou a ler os dizeres da faixa com críticas ao governo. 

Um comunicado sobre o Ato Público por Valorização Salarial, como está sendo chamada a manifestação, ressalta: “Mais uma vez pedimos a todos que não acreditem em discurso abstrato sobre 'valorização'. Não há nada de concreto até o momento. Sem adesão de todos não há milagres. Não podemos sucumbir à inércia. A responsabilidade pela luta salarial é de todos associados!”.

Série de protestos

No último dia 28 de novembro, policiais militares e civis realizaram um protesto em frente ao Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado. Os policiais vestiam camisetas da cor preta em forma de protesto em relação ao fato de receberem os piores salários do País.

Os agentes de segurança pública resolveram iniciar um ciclo de atos públicos até que o Governo do Estado ofereça uma oferta concreta de valorização salarial. A Frente tem se espelhado na mobilização realizada em Minas Gerais. O estado, apesar de estar quebrado financeiramente, concedeu 37% reajuste escalonado até o ano de 2022 aos agentes de segurança pública. 

Rodolfo Laterza explicou que as lideranças resolveram fazer o protesto em frente ao Palácio Anchieta para mostrar a necessidade de o governo atender com prioridade a questão da recomposição salarial dos agentes de segurança do Espírito Santo, tendo em vista a ausência de sinalização concreta, tal como ocorre em outros estados.

A Frente Unificada afirma que governo do Estado tem saúde financeira capaz de aproximar as remunerações dos agentes de segurança capixabas à média nacional. Os dados apresentados, que têm como base o Tribunal de Contas do Estado (TCE), indicam que o Espírito Santo auferiu um superávit orçamentário de R$ 2,7 bilhões nos primeiros meses deste ano. 

Estudos realizados pela Frente apontam que o comprometimento da Receita Corrente Líquida com a despesa de pessoal do Executivo, que em outubro de 2018 era de 42,27%, passou para 39,4% em setembro de 2019, abaixo do limite legal permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Para a Frente, “falta vontade política do Estado em valorizar os profissionais da área de Segurança Pública”.

 

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