Quinta, 25 Abril 2024

Greve dos rodoviários vai paralisar Transcol e linhas de Vitória e Vila Velha

O tensionado relacionamento entre os profissionais do transporte metropolitano com os empresários do setor e o Governo do Estado gerou mais uma greve da categoria. Aprovada em assembleia nessa quarta-feira (27), motoristas e cobradores vão paralisar suas atividades a partir da zero hora e um minuto da próxima segunda-feira (2), pleiteando um reajuste de 9%. Nas negociações, até então, foi oferecido 2,5%. 


A categoria seguiu o protocolo determinado pela legislação com a publicação de “Edital de Greve, Aviso à População”, publicado em jornal de grande circulação desta quinta-feira (28). Assinado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES), José Carlos Sales Cardoso, o documento expressa que “a greve é resultado da posição intransigente e recalcitrante da classe patronal, que resultou na frustração das negociações coletivas com vistas à formalização de instrumento normativo de trabalho para vigorar no período de 1.11.2019 a 31.10.2020”.


Segundo o edital, vão paralisar suas atividades os profissionais que atuam no sistema de transporte público coletivo de passageiros da Grande Vitória, o Transcol, e dos sistemas municipais de Vitória e Vila Velha. Também ficarão sem funcionar os ônibus seletivos, o Mão na Roda e o Porta a Porta.



A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária. A categoria se comprometeu ainda em manter 30% da frota em circulação “e serão respeitados os direitos e garantidas fundamentais da coletividade”, conforme texto do edital.


Sistema parou em agosto


Será mais uma paralisação de diversas realizadas recentemente. Em agosto deste ano, os rodoviários protestaram contra os ônibus com ar-condicionado do Sistema Transcol que começaram a circular sem a presença dos cobradores. A categoria ainda teme o desemprego dos profissionais.  Na ocasião, de acordo com estimativa do Governo do Estado, do total da frota de 1.500 ônibus, apenas 50 circularam na manhã do primeiro dia de movimento, em 12 de agosto, uma paralisação que afetou cerca de 95% do transporte público metropolitano, apesar de uma decisão judicial que estabelecia que 75% da frota em circulação, sob pena de multa de R$ 150 mil por dia. 

 

"Sem cobrador não roda. Segunda-feira, 12 de agosto, vamos parar tudo". Esse foi o aviso publicado nos dias anteriores ao movimentos nas redes sociais do Sindirodoviários-ES, após decisão da categoria por deflagrar greve por tempo indeterminado em defesa dos postos de trabalho dos cobradores. O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fábio Damascesno, por sua vez, tem garantido que não haverá demissões de trocadores. Segundo ele, todos os empregos serão mantidos, e haverá requalificação desses profissionais para outras atividades.


Em fevereiro deste ano, novo movimento. Dessa vez,  motoristas e trocadores das empresas Santa Zita, cuja garagem fica em Viana, Praia Sol e Vereda paralisaram suas atividades contra a implantação da jornada reduzida de cinco horas, o que diminui os salários e benefícios dos trabalhadores. No conjunto, a paralisação das três empresas afetou mais de 20 mil usuários do Sistema Transcol de Viana, Cariacica, Vila Velha e até da Serra, além dos serviços de Seletivo e Mão na Roda. 


Dados sobre o Sistema Transcol indicam uma frota e 1.500 veículos, com 12 mil viagens por dia, transportando 570 mil passageiros/dia em cerca de 300 linhas.  

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