Quarta, 24 Abril 2024

Guardas portuários capixabas protestam em Brasília por manutenção de cargos

Guardas portuários capixabas protestam em Brasília por manutenção de cargos

Um grupo de 22 guardas portuários capixabas, servidores da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), realizaram uma manifestação nessa quarta-feira (4) e nesta quinta-feira (5) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Munidos de faixa, eles pedem atenção do Governo Bolsonaro para a situação da categoria diante da incerteza de manutenção dos postos de trabalho com a privatização dos portos.


Como são funcionários públicos da Codesa, os trabalhadores podem estar na mira do desemprego, caso a estatal que administra os postos seja extinta. O diretor de Relações Institucionais do Sindicato da Guarda Portuária do Estado, Laudimar Luciano, explica que ninguém sabe, ao certo, qual será o futuro da categoria e dos demais trabalhadores da Companhia e o clima é de incertezas. Segundo ele, 50% dos trabalhadores da Codesa são guardas-portuários, alguns com mais de 12 anos de tempo de trabalho. 


O governo federal anunciou, em agosto deste ano, a ampliação do seu programa de privatizações e concessões. No total, 17 empresas fazem parte da lista de desestatizações, que inclui novos projetos e outros que já estavam previstos. Entre eles estão a Codesa e os Correios, o que deve afetar mais de dois mil servidores no Espírito Santo. A previsão é concluir o processo até março de 2020.


Greve


No último dia 28 de novembro, os trabalhadores da área administrativa da Codesa que são representados pelo Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES) fizeram uma greve por 12 horas. Além de reivindicar uma definição sobre o Acordo Coletivo de Trabalho, os servidores também querem uma posição da diretoria da Companhia sobre o destino dos empregados com a ameaça de privatização das companhias docas. 


O presidente da entidade, Ernani Pereira Pinto, se articula em Brasília com dirigentes de 27 sindicatos da área de todo o Brasil, para buscar soluções. Os trabalhadores já pediram a interferência do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que as cidades portuárias sejam ouvidas e participem da discussão. Afinal, os municípios serão os primeiros impactados com a mudança de gestão dos portos.


Ernani afirma que a Codesa já trabalha num cronograma de modelagem da desestatização. A gestão atual da empresa pública está pautada numa agenda de reuniões e viagens internacionais que visam avaliar outros exemplos no exterior para definir o que será utilizado no Estado. Além disso, especialistas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representantes da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) do Ministério da Infraestrutura, Ministério da Economia, Consultorias PwC e Modal estiveram na companhia docas nos últimos meses avaliando o cenário capixaba.


Para ele, com a discussão do projeto de lei que deve flexibilizar a estabilidade dos servidores públicos, os riscos de demissão são ainda maiores. 

 

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