Lideranças petistas tentam reerguer o partido na eleição deste domingo
Muito mais do que a escolha de delegados ao congresso nacional marcado para o próximo mês de outubro, a eleição que o PT estadual realiza neste domingo (8) tem o objetivo de reerguer o partido no Espírito Santo, depois de repetidas crises internas, com resultados eleitorais desastrosos, o último registrado em 2018.
À frente desse movimento, o deputado federal Helder Salomão, candidato à presidência da executiva estadual, a deputada estadual Iriny Lopes e o escritor e ativista político Perly Cipriano.
Esse grupo concorre com Jackeline Rocha, alinhada ao ex-deputado estadual José Carlos Nunes e acenando ao atual presidente, João Coser, que perdeu a hegemonia no partido ao aliar-se ao então governador Paulo Hartung.
A ligação de João Coser com o ex-governador, além de provocar crises internas, reduziu a bancada na Assembleia Legislativa de dois para um deputado, a desfiliação do então deputado federal Givaldo Vieira, e a derrotado do próprio Coser nas eleições à Câmara dos Deputados.
Neste domingo, o partido elege os presidentes de diretórios municipais e os delegados, que no congresso nacional escolherão os presidentes dos diretórios estaduais. Como a maior legenda partidária do país, o PT leva essa etapa do congresso nacional a, pelo menos, 4.951 cidades, que irão às urnas, o que representa 85,9% dos municípios brasileiros.
No Espírito Santo, o PT passa por uma situação desfavorável, acima da crise gerada com a destituição da ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula.
As eleições deste domingo apresentam um cenário favorável ao deputado Helder Salomão, com a chapa “Para voltar a sonhar - Lula Livre”, articulado com pelo menos quatro correntes, uma delas ligada à Igreja Católica.
Jackeline Rocha, candidata derrotada ao governo do Estado em 2018, conta com o apoio deJosé Carlos Nunes, cujo desempenho na Assembleia Legislativa foi marcado, como Coser, por apoio à gestão de Hartung.
João Coser, segundo os meios políticos, teria apenas 20% dos filiados aptos a eleger os 250 delegados, que são os eleitores do presidente do diretório estadual, em outubro. Desse total, 50% são formados por mulheres, 20% de jovens e 20% de negros ou indígenas.
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