Sexta, 19 Abril 2024

Manutenção de agência do Banestes será cobrada em protesto na sede do governo

Manutenção de agência do Banestes será cobrada em protesto na sede do governo

Bancários, moradores e comerciantes do Centro de Vitória realizam, nesta quinta-feira (19), um café da manhã em frente ao Palácio da Fonte Grande, sede administrativa do Governo do Estado, a partir das 8 horas, contra o fechamento da agência do Banestes da rua Graciano Neves, previsto para o dia 10 de janeiro.


Os representantes da categoria e da comunidade esperam ser recebidos pelo governador Renato Casagrande para apresentar diretamente a ele o pleito e entregar um abaixo-assinado que circula pelo bairro desde a semana passada, registrando o apelo da população contra o fechamento da unidade, que funciona no local há mais de 40 anos e atende a cerca de seis mil correntistas.


Para o coordenador geral do Sindicato dos Bancários/ES, Jonas Freire, o fechamento da agência favorece apenas o esvaziamento econômico do Centro de Vitória e afasta o Banestes da sua função pública e social. Além disso, o banco não apresentou justificativa para o encerramento da unidade, que é rentável e presta serviço fundamental aos moradores e comerciantes locais.


Além do fechamento de agências, a categoria denuncia a terceirização de setores estratégicos e demissões, ameaças que favorecem a privatização do Banestes.


Apoio 


Vereadores de Vitória já se manifestaram pela manutenção da unidade. Em documento assinado por 12 vereadores e encaminhado ao Executivo estadual, eles afirmam que a manutenção é uma medida de “respeito aos munícipes e utilizadores do serviço ali prestado há anos, além da valorização e preservação do Centro histórico de Vitória”.


Entidades também se pronunciaram cobrando a manutenção dos serviços da agência, entre elas a Associação de Moradores do Centro de Vitória (Amacentro), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória (CDL) e a União dos Lojistas do Centro.


Mobilização


No último dia 13, bancários, moradores do Centro de Vitória e comerciantes locais já haviam realizado um protesto em frente à agência, quando foi servido um café da manhã em frente à unidade para dialogar com a população e cobrar a manutenção dos serviços por parte do banco estadual. Durante o ato, foram distribuídos os biscoitos doces popularmente chamados de “mentiras”, simbolizando a quebra de compromisso do governador, que, quando candidato ao governo, assinou um documento garantindo que não iria privatizar o Banestes nem adotar medidas para seu enfraquecimento.


Para impedir a privatização do banco, sugerida pela Federação das Indústrias do Estado (Findes), o Sindicato dos Bancários assinou termo de compromisso com os seis candidatos ao governo do Estado na eleição do ano passado. Todos se comprometeram em manter o banco público e estadual, além de contratar mais empregados apenas por meio de concurso público.


O termo do Sindibancários firmou ainda o compromisso de elaborem Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garanta ao Estado o controle acionário do Banestes, mantendo o banco como patrimônio público e vinculado ao governo do Estado. Além disso, a revogação da PEC, no caso de tentativas futuras de privatização, só poderá ser feita mediante aprovação da Assembleia Legislativa e consulta à sociedade por meio de plebiscito popular.


 

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