Quinta, 25 Abril 2024

Modus operandi

Modus operandi


As sucessivas medidas do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, para reagir aos críticos da lei que criou os 307 cargos comissionados no Ministério Público do Estado (MPES), um projeto antigo de suas gestões, repetem um modus operandi já conhecido do chefe do órgão ministerial por três mandatos, fora o exercido pela aliada Elda Spedo, que o manteve no topo da hierarquia interna de poder. Intolerante em aceitar questionamentos ou pensamentos divergentes, apesar de ocupar função pública e do regime político do País ainda ser democrático, não precisa voltar muito no tempo para recordar situações idênticas, mudando somente os personagens. Além de protagonizar troca de farpas públicas nos últimos anos com “peixes grandes” como o ex-governador Paulo Hartung, o ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJES), Pedro Valls Feu Rosa (época da polêmica Operação Derrama), e o ex-presidente da Assembleia e deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), por defenderam posições antagônicas, não é a primeira vez que Eder aciona a Justiça para fazer valer sua opinião e manter uma imagem irretocável - Século Diário que o diga! Só o que muda na “versão 2019” de Eder é que agora vale até se insurgir contra quem tem imunidade parlamentar, como o deputado estadual Sergio Majeski (PSB), alvo de representação no Tribunal de Justiça do Estado (TJES). Em discurso na sessão desta segunda-feira (19), Makeski perguntou: “Ninguém pode criticar o MPES?”. Para Eder, as únicas respostas possíveis sempre foram "não, nunca, jamais”. 


Reação

Dias atrás, ao falar do caso nas redes sociais, Majeski havia avisado: “criticar isso pode ser perigoso”. Mas repetiu, nesta segunda, que não irá se calar ou inibir. Quero ver o TJES...


Cerco

O deputado também denunciou que a mesma “perseguição sofrem os servidores do MPES”, referindo-se, primeiro, ao pedido de informação feito pelo comando ministerial à Assembleia para saber os nomes de quem esteve por lá para acompanhar a votação do projeto, e nesta segunda, à abertura de investigação contra um deles por críticas feitas por e-mail, que circulou entre a categoria. Que coisa...


Atacado

Outro ponto levantado pelo deputado foi a “quantidade espantosa” de arquivamento de denúncias protocoladas no MPES, sem justificativas, segundo ele, envolvendo principalmente agentes do governo passado de Paulo Hartung. Majeski diz que chegou a procurar a ex-procuradora Elda Spedo para saber de encaminhamentos em alguns casos e “até hoje nada”. E emendou: “Elda engavetou denúncias em atacado”.


Todo-poderoso

Mais uma vez, para variar, Majeski falou sozinho na Assembleia. Dá pra contar nos dedos quem da classe política ousa mexer com o Ministério Público.


Abacaxi 

Está prevista para esta quarta-feira (21) a chegada do pedido de expulsão do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) ao Conselho de Ética da Nacional, que será presidido pelo tucano capixaba César Colnago. Caberá ao ex-vice-governador do Estado instaurar o procedimento e indicar um relator. Aécio é investigado por corrupção passiva e obstrução da Justiça, após ser citado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, por ter recebido propina de R$ 2 milhões.


Abacaxi II

O presidente do PSDB estadual, deputado Vandinho Leite, tem repetido declarações firmes em favor da expulsão, há alguns meses. Já Colnago, pelo menos na imprensa, parece mais “em cima do muro”, se atendo às questões burocráticas da questãoo. Colnago é vice-presidente do ninho tucano local. 


‘Mordomias’

Por falar em Vandinho, ele elegeu outra pauta negativa para o Governo Casagrande. Resolveu assinar projeto sobre os supersalários no governo e os pagamentos de jetons (gratificação aos servidores que participam de conselhos deliberativos de órgãos da administração direta ou estatais). Somente nos quatro primeiros meses deste ano, os jetons ultrapassaram R$ 3 milhões, como disse Vandinho, apontando que é preciso “acabar com as mordomias”.


Finalmente

Demorou, mas saiu. Casagrande anunciou, nesta segunda, o novo secretário de Estado de Desenvolvimento: Marcos Kneip Navarro que, até então, ocupava a pasta de Integração, Desenvolvimento e Gestão de Recursos de Anchieta. Ele substitui Heber Resende, presidente da recém-criada ES Gás.


‘Repúdio’

O vereador de Alegre, Théo Alves da Rocha (PTC), procurou a coluna para dizer que ele e o colega de plenário Marcos Rubim (PSC) não são oposição a Casagrande, e sim “amigos e aliados”. Diz Théo que os dois votaram “não” ao projeto que concedeu título de cidadão do município ao governador, na sexta-feira (16), como forma de repúdio...


‘Repúdio’ II

...isso porque, apesar de integrarem a Mesa Diretora, não foram consultados sobre nenhuma indicação, votando contra as sete apresentadas. O placar terminou com 10 “sim”, 2 “não”, e uma abstenção.


PENSAMENTO:

“Feliz aquele que superou seu ego”. Buda

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