Quinta, 25 Abril 2024

Não é possível...


O deputado estadual Vandinho Leite, que preside o PSDB no Estado, fez mais um discurso na sessão da Assembleia desta segunda-feira (2) esbravejando contra o secretariado do governo Renato Casagrande, mas, desta vez, com uma afirmação um tanto quanto bizarra, caso seja de fato procedente: a nomeação do ex-vice-governador, César Colnago (PSDB), no cargo de assessor especial da Secretaria de Saúde (Sesa), publicada no Diário Oficial na última sexta-feira (30), foi feita “na marra”, ou seja, sem consentimento do novo assessor, que é vice-presidente do ninho tucano capixaba. A indignação de Vandinho, embora sem citar o nome (só o cargo), foi direcionada o tempo todo para o secretário de Governo, Tyago Hoffmann, a quem criticou por não exercer seu papel no cargo, ocupando-se de fazer política partidária, como nessa articulação na direção de Colnago, que afirmou a Vandinho não ter permitido a nomeação. “E se ele não aceitar, vai ficar com a broca na mão, secretário?”, perguntou. O deputado estadual entendeu a movimentação como uma tentativa do governo de controlar o partido e frear seu mandato. “E mesmo que aceite, o governo não vai mandar no PSDB em hipótese nenhuma”, avisou, colocando-se disposto a “ir para o front” com Hoffmann. Depois dessa polêmica, no mínimo inusitada, a pergunta é uma só: e aí, Colnago?


Telefone sem fio

No dia da nomeação, o próprio secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, declarou em A Gazeta que Colnago, médico e experiente em gestão pública, havia se colocado à disposição para assessorá-lo na Sesa. Agora um ruído dessa dimensão toda...sei não, hein?


Mal das pernas

Colnago, é bom lembrar, tinha expectativa de ser o candidato à sucessão do aliado e ex-governador Paulo Hartung em 2018, mas não obteve êxito, e acabou derrotado também da disputa à Câmara dos Deputados. Na época, foi obrigado a aceitar, contrariado, o PSDB subir no palanque de Casagrande, após aliança costurada pelo ex-senador Ricardo Ferraço. 


Reincidente

Vandinho citou em seu discurso até a eleição do MDB estadual para endossar a crítica às interferências político-partidárias do secretário. Ele referia-se à denúncia feita em julho por Lelo Coimbra à Nacional do partido, quando acusou a gestão de Casagrande de intervir na disputa em favor do ex-deputado federal Marcelino Fraga, por meio de Tyago Hoffmann e do secretário da Casa Civil, Davi Diniz.


Reincidente II

Diniz, aliás, foi alvo de outro discurso de Vandinho, no último dia 13 de agosto, acusado de fazer “lobby” para barrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da EDP Escelsa. O chefe da Casa Civil estava, segundo ele, atuando nos corredores da Assembleia para convencer os parlamentares a retirar as assinaturas do requerimento, barrando de vez a investigação.


De volta pra casa?

O ex-secretário de Desenvolvimento do governo Hartung, Márcio Félix, que também gerenciou a Petrobras no Estado, foi exonerado do cargo de secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia. A decisão, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (2), foi “a pedido”.


De volta pra casa II?

Informações do jornal O Globo apontam que Félix enviou uma carta ao ministro, Bento Albuquerque, alegando razões estritamente pessoais para deixar a função, ocupada desde janeiro deste ano, início da gestão Jair Bolsonaro. Ele já havia atuado no mesmo cargo antes e, em 2018, a secretaria-executiva do Ministério.


Em tempo

Tem debate no Centro de Vitória, às 18h30 desta terça-feira (3), no Trapiche Gamão. Tema “A política em pauta: democracia e Justiça”, com o deputado estadual Sergio Majeski (PSB), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), José Carlos Rizk, e o vereador de Vitória, Roberto Martins (PTB). Caso de Majeski versus o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, não pode passar batido.


Manobra

Passa mês, entra mês, e os bastidores do Sindicato dos Ferroviários do Estado (Sindfer) seguem pegando fogo. Os comentários agora são que o presidente da entidade, João Batista Cavaglieri, temendo esbarrar numa forte rejeição ao seu nome, articula antecipar a eleição interna para atrapalhar a estratégia da oposição. Cavaglieri faz de tudo e mais um pouco para não perder a cadeira, sob poder do seu grupo há nada menos que 22 anos.


Manobra II

A informação veio somada a uma denúncia de alteração no cadastro de sócios do sindicato, que teria o objetivo de favorecer a estratégia do grupo da situação. O fato gerou uma ação com pedido de liminar, já acatado pela Justiça do Trabalho. João Batista tem cinco dias para apresentar a lista de sócios, sob pena de multa e apreensão. A oposição não descarta, também, reivindicar uma perícia no sistema.


PENSAMENTO:

“Ninguém chegou a ser sábio por acaso”. Sêneca

Veja mais notícias sobre Socioeconômicas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 25 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/