Quarta, 24 Abril 2024

Novo game registra obras de grafiteiros capixabas

Novo game registra obras de grafiteiros capixabas

Um poster na parede ou até um adesivo pode virar cenário para um jogo de videogame em que um jovem percorre a cidade de Vitória num skate. No caminho, mais de 100 graffitis estampam o muro e os prédios do cenário, em homenagem a vários artistas da região.


O game é um novo produto da crew Made In China, grupo de quatro grafiteiros que Século Diário apresentou em primeira mão. Após iniciar o inovador trabalho de realidade aumentada por meio de animações digitais sobre graffitis expostos nas ruas de Vitória, o grupo lançou na última semana o jogo chamado de “Downtown Waves”. 


O princípio é o mesmo usados nas pinturas de rua, e também em camisas e stickers (adesivos): com um celular e o aplicativo desenvolvido pelo Made In China, é possível abrir o game e jogá-lo ao direcionar a câmera do celular para um plataforma criada pelo grupo e vetorizada para receber o game ou animação. 


Para jogar o "Downtown Waves", o grupo está vendendo adesivos em tamanho pequeno (R$ 10) e grande (R$ 15), que ajudam nos custos de desenvolvimento dos projetos. Para cada adesivo do jogo, o comprador ganha também um adesivo extra de uma das animações do grupo, à sua escolha. Para quem quiser um tamanho maior do jogo para colar nas paredes e até emoldurar, a crew vende um print em A3 por R$ 45 junto com um pack completo de adesivos.



O aplicativo, necessário para jogar, pode ser baixado gratuitamente para Android e IOS, incluindo também a possibilidade de interagir com graffitis nas ruas da cidade. Mais informações podem ser obtidas no Instagram do grupo.


Além dos grafites, aparecem na cena do jogo obstáculos como latas de lixo com a sigla PMV, da prefeitura da cidade, pombos, cogumelos, plantas, patinetes como os da empresa Yellow, que se colocavam nas calçadas atrapalhando o fluxo e coxinhas gigantes, numa provável alusão ao conservadorismo da capital capixaba.


"Minha inspiração para o design do jogo veio dos arcades, fliperamas dos anos 90, que tem essa coisa de você ter que ir até a máquina para acessar esse conteúdo digital e jogar. No nosso caso é um adesivo ou print, agora mais digital ainda porque é o celular da pessoa que dá acesso a essa experiência lúdica", explica o game designer Gabriel Hendrix, o Nove, um dos integrantes da crew de grafiteiros.


A animação foi feita por Carlo Schiavine e a trilha e efeitos sonoros são de Alessandra Félix. "Até a jogabilidade é baseada nos fliperamas, são fases difíceis. É um jogo curto e rápido, mas que não é curto e rápido quando você não tem experiência, pois precisa decorar as coisas que aparecem no caminho", alerta Nove, citando como um modelo parecido o jogo Metal Slug.

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