Quinta, 18 Abril 2024

Passado e futuro


 
 
Assim como o novo senador pelo Rio de Janeiro, Romário (PSB), que já assume o posto de olho nas eleições de 2016, a disputa pela Prefeitura de Vitória ainda não saiu da cabeça da senadora eleita Rose de Freitas (PMDB). A possibilidade de encarar a empreitada, hoje, não é algo definitivo, mas nem descartada pela deputada federal, mesmo que já tenha se passado bastante tempo da única tentativa de Rose disputar o comando do Capital. Continua sendo um sonho antigo, como avaliam pessoas do seu círculo. Só que há um porém para que esse projeto se concretize em 2016, como pretende Romário. O primeiro suplente de Rose é o empresário Luiz Pastore, que nem do Espírito Santo é. Se ela ganha a disputa, entrega seis anos de mandato nas mãos de Pastore, que já assumiu o cargo antes no lugar de Gerson Camata, mas por poucos meses. Preocupação que não teria Rose no caso de assumir o médico Schariff Moysés (PMDB), que além de capixaba, é conceituado na área. Mas Schariff vem depois, por uma questão de estratégia e sobrevivência política. Se não fosse o financiamento milionário de Pastore na campanha, Rose teria dificuldades de virar o pleito, com o isolamento imposto pelo governador eleito Paulo Hartung (PMDB). Agora, mais pra frente, por que não?
 
Troca
Tem outra: Rose agora deve a Pastore. O empresário não entrou nessa à toa. Espera retribuições em projetos que beneficiam o setor da mineração no Congresso. Os principais: Código da Mineração e o PL que transfere do Executivo para o Legislativo a demarcação de terras indígenas – há proposta de regulamentação da atividade nessas áreas. Empresas e empresários não doam, investem.
 
Lembrando....
Pastore foi alvo de polêmica na campanha, depois que o candidato derrotado João Coser (PT) acusou Rose de ter escolhido um suplente de São Paulo, sem ligação com o Estado, apenas por interesses financeiros. O ex-prefeito dizia exatamente que o suplente representava risco para os capixabas, caso assumisse, pois defenderia os interesses dos paulistas. Se Rose entrega a cadeira assim, vai ser cobrada.
 
Trajetória
A tentativa de Rose de ser prefeita em Vitória se deu em 1985, quando perdeu a indicação no PMDB por dois votos para Hermes Laranja, candidatura que contou na época com adesão de Hartung. Depois Rose assumiu pela primeira vez a Câmara dos Deputados, onde está por nada menos do que seis mandatos.
 
Sem votos
Em recente levantamento, a Transparência Brasil citou Pastore como exemplo clássico de nomes poucos conhecidos, mas estratégicos para financiar os cabeça de chapa do Senado. Até agora, ele doou R$ 1,17 milhões a Rose. Ainda falta a prestação de contas final.
 
Sem votos II
Para a próxima legislatura, a entidade projeta que políticos que não receberam nenhum voto nas urnas, ou seja, os suplentes, poderão ocupar mais de um terço do Senado nos próximos quatro anos – até 28 das 81 cadeiras -, com a saída dos titulares para disputar outras eleições. A população elege um e fica com outro. Absurdo.
 
E os petistas?
A propósito, matéria de A Tribuna nesta quinta-feira (30) confirma assunto tratado aqui esses dias, de que Rose é a única da bancada capixaba eleita que poderá fazer papel de interlocutora com o governo Dilma. É ela quem anuncia a visita da presidente ao Estado até dezembro próximo, para liberar as obras do aeroporto. 
 
Que beleza...
Nos sete primeiros meses deste ano, a vara anticorrupção do Tribunal de Justiça julgou 62 casos de improbidade. Sabe quantos resultaram em condenação? Nenhum. 
 
Que beleza II...
Foi a juíza desta vara, Telmelita Guimarães Alves, que rejeitou a ação movida pelo Ministério Público Estadual contra Hartung, no caso do “posto fantasma”, porque considerou que não houve desperdício de dinheiro público nas obras avaliadas em R$ 25 milhões, que não saíram da fase de terraplanagem.  Quem achava que a vara seria uma bomba, hein...
 
Não perdoa ninguém
A ex-prefeita de Viana Angêla Sias teve seus bens bloqueados pela Justiça por irregularidades com dinheiro público para a promoção de uma encenação teatral sobre e vida de Jesus Cristo? É isso mesmo? 
 
140 toques
“Derrubar decreto que legitima participação popular em decisões importantes para o País e achar grande feito, é retrocesso na democracia”. (Deputado federal eleito, Givaldo Vieira – PT – no Twitter).
 
PENSAMENTO:
“O destino nos dá a mão, e nós jogamos as cartas”. Arthur Schopenhauer

Veja mais notícias sobre Colunas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 18 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/