Sábado, 20 Abril 2024

Por que as multas contra poluidoras estão paradas no Comdema?

Por que as multas contra poluidoras estão paradas no Comdema?

Em requerimento encaminhado ao secretário de Meio Ambiente de Vitória (Semmam), Luiz Emanuel Zouain da Rocha, que também é presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), a ONG Juntos SOS ES Ambiental pergunta o porquê da aparente paralisação dos processos de julgamento das multas ambientais milionárias aplicadas contra a Vale e a ArcelorMittal nos últimos dois anos.



No documento, a entidade requer a relação de todos os processos com recursos pendentes de julgamento em segunda instância (última instancia administrativa) no Comdema, e há quanto tempo estão pendentes, entre outras questões relativas à tramitação dos recursos impetrados pelas poluidoras na esfera administrativa.



Os recursos não foram julgados, acredita Eraylton Moreschi Junior, presidente da Juntos SOS, e ex-conselheiro do Comdema. A última notícia oficial sobre o caso foi publicada no site da prefeitura no último dia 20 de fevereiro, dando conta de que o julgamento se daria na primeira reunião da Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos do Comdema, que aconteceria na primeira quinzena de março.



Na ocasião, segundo a matéria da PMV, os conselheiros iriam julgar, “em segunda instância, as multas de mais de R$ 68,4 milhões aplicadas contra a Vale e a ArcelorMittal, em janeiro de 2016, por poluírem o ar e o mar em Vitória”.



Ainda segundo o site da Prefeitura, as empresas contestaram as multas e recorreram à Junta de Impugnação Fiscal (JIF) em primeira instância. Após perderem, entraram com um novo recurso para ser apreciado e julgado em segunda instância pela Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos.



Após a distribuição dos processos da multa, que aconteceria com a instalação da Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos, os conselheiros relatores teriam até a reunião seguinte do Comdema para apresentar o resultado final da relatoria, para ser apreciado e colocado em votação na plenária do Comdema no primeiro encontro após a entrega do relatório final, previsto para o mês de abril.



Até o momento, no entanto, passados seis meses do prazo anunciado, o julgamento não aconteceu. “Quem está barrando isso? Será que o secretário já encaminhou os processos para distribuição? Ou se a secretaria executiva não distribuiu? De qualquer forma, o secretário é responsável pelo andamento de todos os processos dentro do Comdema”, explica o ex-conselheiro.



O requerimento encaminhado a Luiz Emanuel, segundo a Lei de Acesso à Informação, precisa ser respondido no prazo de vinte dias. “Já processamos o Aladim [Aladim Cerqueira, secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e presidente do Conselho Estadual -Consema] três vezes por não responder a requerimentos de informações. Se Luiz Emanuel não responder a esse, vai ser processado também”, anuncia o ambientalista.

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