Sexta, 29 Março 2024

Sem emplacar preferidos, Luciano mantém o foco na gestão 'tapa buracos'

Sem emplacar preferidos, Luciano mantém o foco na gestão 'tapa buracos'

A ex-secretária de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro (PPS), sem conseguir uma boa posição nas pesquisas eleitorais como candidata a deputada federal, representa, juntamente com o ex-candidato ao Senado, Sergio Majeski (PSB), uma baixa na trajetória do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que deixa de emplacar na cena política dois quadros valiosos nos últimos anos do seu segundo mandato.



Sem opções, o prefeito mantém a gestão “tapa buraco” que passou a ser uma marca de sua administração, mesmo assim, em áreas consideradas nobres da cidade, como Jardim da Penha, Praia do Canto e Bento Ferreira, enquanto em outras, entre elas o Centro da cidade, a ausência da administração pode ser vista sem muito esforço.



Foto: Leonardo Sá



No cenário político, Luciano não conseguiu superar a pressão exercida pelo deputado federal Marcus Vicente (PP), aliada a interesses de outros candidatos, e viu rifado seu desejo de colocar Lenise como vice na chapa de Renato Casagrande, candidato o governo pelo PSB. 



Assim, teve que se contentar em mantê-la entre os candidatos à Câmara Federal, com perspectivas nada animadoras. Com o deputado estadual Sergio Majeski, convidado a trocar seu antigo partido, o PSDB, pelo PPS, ocorreu da mesma forma. Na convenção festiva do partido, em março deste ano, Luciano afirmou que o deputado concorreria ao Senado: "Majeski tem todas as condições de ser um belíssimo candidato a senador pelo PPS", disse.   



Estava ao lado de lideranças como o deputado estadual Da Vitória e o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo, ambos candidatos a federal, além do vereador Fabrício Gandini, presidente do partido e visto como seu sucessor em 2020, o que pode se transformar em outro revés, considerando os movimentos de outras forças políticas.  



Majeski não emplacou como filiado ao PPS - acabou optando pelo PSB - nem como candidato ao Senado. Foi atropelado por conveniências do próprio PSB, de Casagrande, mais interessado em atrair o senador Ricardo Ferraço (PSDB) e Magno Malta (PR), motivo de desistência de Majeski, que recuou da aventura e se voltou para a reeleição à Assembleia. 



A primeira quinzena de agosto reservou ao prefeito mais dissabores. Não emplacou seu candidato à Câmara de Vereadores, Leonil Dias, do PPS, e foi obrigado a usar o vereador Fabrício Gandini, presidente do partido, para negociar cargos na chapa, a fim de manter parte o controle do legislativo municipal.   



Conseguiu, mas não deixou de sentir o impacto causado pela derrubada do seu veto ao uso misto da área onde será construído o Centro Tecnológico de Vitória, que poderá ser uma das poucas obras de vulto de sua gestão.   



Com um histórico de bons prefeitos, a cidade de Vitória atravessa, desde 2013, com a posse de Luciano Rezende, um período de paralisação de entrega de obras, exceção às ações corriqueiras de paisagismo. 



As últimas grandes realizações, em períodos mais recentes, ocorreram nas gestões de Hermes Laranja, que encerrou o mandato em 1988, passando por Vítor Buaiz, em 92, Paulo Hartung, 1996, Luiz Paulo Vellozo Lucas, 2004, e João Coser, 2012. 



Com exceção de operações “tapa buracos” e de obras paisagísticas de pequeno porte, Vitória atravessa um tempo de extremo abandono, por falta de uma interferência eficiente do poder público. O grande número de pessoas em situação de rua, os casos de violência e a precariedade de escolas municipais mostram essa realidade. 

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