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Sem trabalho

 

Com a classe política capixaba no olho do furacão das delações dos executivos da Odebrecht na Lava Jato, a mira se voltou nesta segunda-feira (17) para a Assembleia Legislativa. Mas, na primeira sessão após a bomba lançada no Estado que atingiu, inclusive, a cabeça do governador Paulo Hartung (PMDB), o legislativo estadual mais uma vez não disse a que veio. Tanto os ataques quanto as defesas ao governador foram feitos pelos deputados de maneira indireta, salvo um ou outro posicionamento mais irônico, como de Euclério Sampaio (PDT) e Sérgio Majeski (PSDB), porém, sem mexer de fato nas feridas que envolvem a questão. Sintomático nesse cenário, o papel do líder do Governo, Gildevan Fernandes (PMDB). Diante da expectativa de que os parlamentares da oposição pudessem acertar em cheio a imagem de Hartung, Gildevan se inscreveu para falar na fase das Comunicações. Era o terceiro da fila e, antes, se manifestaram Euclério, com aparte de Majeski, e depois Da Vitória (PDT), sugerindo a ida do governador à Assembleia para apresentar suas justificativas, ao invés de convocar reuniões a portas fechadas. Gildevan, no entanto, diante do “zero a zero”, nem precisou “gastar saliva”. O que, convenhamos, é até menos arriscado. Como a inabilidade do líder já provou inúmeras vezes, mais fácil atrapalhar do que ajudar na defesa de Hartung.
Ecos
No encontro desta segunda-feira (17) de Hartung com 20 deputados estaduais para tentar amenizar o golpe das delações da Odebrecht, 15 dos 20 presentes prestaram solidariedade ao governador. Surpresa? Só se for dos cinco restantes que preferiram o silêncio.

Ecos II

Eram 22 convidados, mas dois pularam fora, Gilsinho Lopes (PR) e Rafael Favatto (PEN). Oito sequer foram chamados. Entre eles, nenhuma representante da bancada feminina. Luzia Toledo (PMDB), Eliana Dadalto (PTC), Janete de Sá (PMN) e Raquel Lessa (SD) estavam lá, a postos.
Pratos típicos
Horas depois, na sessão da Assembleia, Euclério Sampaio (PDT), falou do cardápio servido no encontro: acarajé com cocada baiana. Para bom entendedor…
Rebaixado
Sérgio Majeski (PSDB), no mesmo tom, em referência ao apelido “Baianinho” dado a Hartung na delação, disse que achou humilhante a escolha da Odebrecht para um governador conhecido como “Imperador”. Nesse ponto, destacou o deputado, discorda da construtora. “Os baianos merecem todo o respeito, mas Baianinho é no diminutivo”. 
Blindou
Em meio ao escândalo da Odebrecht, a tradicional Malhação de Judas da Praia do Suá, em Vitória, nesse sábado (15), não deu “nomes aos bois”. O ato se resumiu a malhar bonecos representando os políticos e a construtora. À frente da tradição, como sempre, o vereador da região, Zezito Maio (PMDB). 
Não blindou
Já no Centro de Vitória, bonecos pendurados em postes das principais ruas do bairro carregavam no peito a identificação Paulo Hartung. Tinha também o governador junto com o presidente Michel Temer e referências à Lava Jato e “Vale propina”.
Cenas de rua
Corre no mercado político que o clima ficou pesado no final de semana em um “esbarro” indesejado entre o governador – “Baianinho” – e o seu antecessor Renato Casagrande (PSB), o “Centroavante”. Não se cumprimentaram e o socialista, que já estava no local, foi embora logo que viu o adversário.
Cenas de rua II
Da Ilha das Caieiras, em Vitória, mais comentários: Hartung teria sido hostilizado pela população em um restaurante, durante o 13º Festival da Torta Capixaba. Estava, como dizem, acompanhado da mulher Cristina Gomes e de seguranças.
Tem de tudo
A propósito, os memes no WhastApp e nas redes sociais não param. No mais recente, circulando por aí, foto de Hartung junto com os Novos Baianos, grupo musical que fez história no País.
PENSAMENTO:
“Em política, até raiva é combinada”. Ulysses Guimarães

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