Quinta, 25 Abril 2024

Território Bolsonaro

Território Bolsonaro


O deputado federal Carlos Manato, representante no Estado do presidente eleito, Jair Bolsonaro, reassumiu a presidência do PSL capixaba nesta terça-feira (30). Ele havia se afastado da função devido à campanha ao Palácio Anchieta e, depois, presidencial, encerrada nesse domingo (28), que o colocou em espaço privilegiado de poder na política capixaba. A missão, agora, segundo Manato, é fortalecer o partido em todo o Espírito Santo, que, apesar dos resultados atingidos pela “onda Bolsonaro” em todo o País, ainda carece de quadros expressivos. Para isso, ele afirma que realizará uma campanha de filiação e identificará as lideranças que contribuíram para a expressiva votação de Bolsonaro - 63% do eleitorado  capixabas. Depois, montará os diretórios. Além de Manato, que conquistou a segunda posição na disputa ao Palácio Anchieta, conseguindo ultrapassar Rose de Freitas (Podemos), já entram nessa lista de potenciais nomes os candidatos que saíram vitoriosos nas proporcionais. Na Câmara Federal, a mulher dele, Soraya Manato, que obteve 57,7 mil votos e entrou na corrida escalada para assumir o posto do deputado. Por aqui, na Assembleia Legislativa, o delegado Danilo Bahiense (36 mil votos), Capitão Assumção (27,7 mil) e o coronel Alexandre Quintino (23,3 mil) e Torino Marques (22 mil). O que eles farão de suas respectivas vitrines políticas, ainda veremos, mas o olho de Manato já está lá em 2020 e 2022. 


Território Bolsonaro II

Outro que também disputou com arrancada considerável no final das contas foi o subtenente Assis, ao Senado. Chegou em quinto, com 247 mil votos. Mas não terá um mandato pra chamar de seu.


Território Bolsonaro III

Na Câmara Federal, Bolsonaro já declarou que a estratégia do PSL é não disputar a presidência e que tem simpatia pela permanência de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no posto. E na Assembleia, onde o partido terá a maior bancada, hein?


Antes tarde...

Voltando em Capitão Assumção, finalmente, o Ministério Público do Estado (MPES) resolveu investigar a alta cúpula da Segurança e o governador Paulo Hartung pelo movimento da Polícia Militar de fevereiro de 2017. Não só Assumção, que chegou a ser preso, mas a tropa cobrava isso há muito tempo. A corda, até hoje, só arrebentou para o lado mais fraco.


...do que nunca!

A reivindicada anistia administrativa aos PMs, aliás, deve ficar mesmo para o próximo governo. Embora Hartung queira terminar o mandato bem na fita em várias áreas onde se omitiu durante quatro anos, a possibilidade de recuar nesse ponto também chegou a ser levantada no mercado, mas, até agora, nem sinal.


Inseparáveis

Por falar no palanque PSL, foi criado um grupo no Facebook contra a “parceria” de Bolsonaro com o senador Magno Malta (PR). Nome: “Não elegemos Magno Malta”. Os capixabas, definitivamente, só entenderam agora. 


Inseparáveis II

Ainda sobre essa dupla, o presidente eleito gravou vídeo ao lado do senador para agradecer o tempo que dedicou a rodar o País no seu lugar, depois que foi esfaqueado e saiu das ruas. Tanto empenho, repetiu Bolsonaro, o prejudicou até na própria reeleição. Uma tentativa de amenizar a derrota de virada de Magno, depois de passar maior parte da campanha na liderança das intenções de votos. Os aliados encerraram a gravação com abraço e choro (do senador).


Movimentações

Burburinho nos corredores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesse período de transição, é uma articulação para fazer do atual subsecretário Fabiano Marily o próximo comandante da pasta na gestão Renato Casagrande (PSB). O próprio, aliás, já teria manifestado essa possibilidade em reuniões. Nada contra o profissional, mas Casagrande repetiria o filme do passado, de manter nomes do governo Hartung ao seu lado? Não é possível...


Terceirização

Já em Linhares (norte do Estado), o executivo Eduardo Porfilio, apontado como o responsável pelo Hospital Geral de Linhares (HGL), que será estadualizado, teria sido indicado pela gestão de Guerino Zanon (MDB) para integrar a banca que definirá uma Organização Social (OS) para a unidade. Por lá, dizem que ele tem ligações com a Pró Saúde, que administra o antigo São Lucas – hoje HEUE – e foi, recentemente , envolvida em escândalo no Rio de Janeiro. No entanto, até o final do ano e diante de tanta resistência dos movimentos sociais, difícil concluir o processo.


Inadmissível 

O Elo Municipal do Rede e Ativista Social de Aracruz – partido Rede Sustentabilidade – divulgou nota de repúdio por episódio registrado em Barra do Riacho, durante apuração do segundo turno. Naiane de Jesus da Silva, membro do Elo, fez denúncia contra agressão verbal e física sofrida por um homem em praça pública, ao tentar apaziguar os ânimos entre eleitores dos dois candidatos adversários, Bolsonaro e Fernando Haddad (PT). Não pode passa em branco. Que a justiça seja feita!


PENSAMENTO:

“A multidão é um monstro sem cabeça”. Charles Chaplin

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