Quarta, 24 Abril 2024

Vereadores aliados do prefeito de Aracruz rejeitam prorrogação da CPI da Saúde

Vereadores aliados do prefeito de Aracruz rejeitam prorrogação da CPI da Saúde

Os nove vereadores da base aliada do prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri (SD), votaram nessa segunda-feira (7) contra a prorrogação por mais 180 dias da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura supostas irregularidades na área de saúde do município, a CPI da Saúde, desagradando o bloco da oposição, que teme que as investigações fiquem prejudicadas.



“Ainda falta ouvir muita gente e analisar muitos procedimentos”, comenta a vereadora Edileuza Del Caro (PSB), reforçando a argumentação do relator da CPI, Fábio Neto da Silva (PCdoB). Ele tentou demonstrar na sessão, sem obter êxito, que o prazo previsto para encerramento do processo não daria para concluir os trabalhos. 



Já o presidente da CPI, Adeir Lozer (PTB), acha que o prazo é suficiente e anunciou para a próxima quinta-feira a oitiva da secretária de Saúde, Clenir Avanza, que foi acusada por prática de irregularidades, motivando a abertura das investigações. “Foram seis meses de apuração e acho que a CPI será concluída dentro do prazo, sem faltar nenhuma apuração”, garantiu.



A CPI da Saúde foi aprovada em junho de 2018 por 10 dos 17 vereadores, que, na mesma ocasião, solicitaram o encaminhamento das denúncias ao Ministério Público Estadual (MPES), a fim de que também sejam investigadas.  A secretária é acusada de uso indevido de veículo a serviço do município, suposto superfaturamento em contratos, e outros procedimentos considerados ilegais.



A denúncia encaminhada ao prefeito afirma que Clenir Avanza, que é advogada e reside na Grande Vitória, deixou de atender à convocação da Câmara com data a ser marcada de acordo com sua agenda, para prestar esclarecimentos sobre as supostas irregularidades e, também, informar sobre condições de trabalho dos agentes de saúde e pessoal de combate às endemias. 



De acordo com a denúncia, a secretária teria contratado a empresa de ambulância Removida, de Colatina, com valores superfaturados. Além disso, a prestação desses serviços não é fiscalizada, razão pela qual os pacientes são transportados em veículos velhos, o que se agrava com as jornadas de trabalho extensas dos motoristas. 



Os vereadores solicitaram esclarecimentos sobre o Programa Nacional de Saúde e advertiram para o indicativo de greve de profissionais da área de saúde por falta de condições adequadas de trabalho. 


Empresa nega denúncias


A empresa de ambulância Renova refuta as acusações da denúncia e afirma que nunca foi notificada por irregularidades, "pois cumpre rigorosamente o contrato". Informa, ainda, que não foi contratada pela secretaria por valores superfaturados, e sim participou de pregão eletrônico, concorrendo com mais empresas, "de forma e preço justo".



Além disso, que todos os veículos de sua frota são novos, modelo ano 2018/2019, conforme exigência do mesmo contrato. E, por fim, que "os motoristas não trabalham em escalas extensas, pois a jornada é de acordo com sindicato específico, não ultrapassando as escalas".

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