sexta-feira, dezembro 27, 2024
25.5 C
Vitória
sexta-feira, dezembro 27, 2024
sexta-feira, dezembro 27, 2024

Leia Também:

Centro atrai novos moradores

O ar acolhedor que se respira no Centro não é apenas sensação, aquela impressão boa e impalpável que a gente não sabe exatamente de onde vem. Ela se encontra em 19 praças, um parque, em três centros municipais de educação infantil e duas escolas municipais de ensino fundamental, três hospitais e uma unidade de saúde, seis museus e 27 igrejas.   

 
Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bairro tem hoje 9.838 moradores, o sexto mais populoso de Vitória. Em 2000, eram 9.240, o que aponta um saudável crescimento populacional na região. 
 
Não é obra do acaso que nos últimos anos verificou-se um aumento flagrante no interesse em morar no Centro da Capital – interesse que, na maioria dos casos, vira realização. “Há 10 anos era uma dificuldade vender no Centro. Eu lembro bem disso”, destaca Augusto César Andreão, diretor da Associação Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES),  

Em 10 anos, explica, a procura pelo Centro aumentou em função tanto das características internas do bairro, como pela valorização imobiliária das áreas nobres. “Nos últimos três anos, o interesse em morar no Centro cresceu cerca de 150%”, calcula. Ele diz que o perfil do comprador tem entre 25 e 35 anos, curso superior e é recém-casado. 

  
Para Andreão, o trinômio preço-localização-tamanho do imóvel explica o bom momento do Centro de Vitória. Exemplo. Para compra, o preço de um apartamento de três quartos, 150 metros quadrados, custa em média R$ 250 mil; Unidade semelhante em Jardim da Penha saltaria para R$ 650 mil, em média.  
 
O fator localização se explica pelo Centro apresentar o maior índice de presença de empresas de serviço, comércio, indústria, extração mineral, agropecuária e pesca em toda a cidade, conforme dados de 2012 da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfa). São 23.723 empresas: 14.519 de serviços, 8.787 comerciais, 337 industriais, 54 de extração mineral, 24 de pesca/aquicultura e duas de agropecuária. 
 

Tais características favorecem o morador, que, seja para pagar uma conta, comprar pão, fazer supermercado, os serviços estarão a poucos passos do morador do Centro. A facilidade torna o carro supérfluo no Centro. Além de levar uma vida mais saudável, caminhando mais, o morador do Centro ajuda a tirar os veículos das já pressionadas vias da cidade. Se o deslocamento for forçoso, ônibus não é problema: o Centro é generosamente atendido por linhas municipais e intermunicipais. É o que se chama de localização privilegiada. 

 
Por fim, em geral, o tamanho dos imóveis destoa do padrão atual da indústria imobiliária: como na maioria são imóveis antigos, sua área total costuma ser bem mais generosa, de quartos e salas amplos. 
 
Moradora da Rua Sete de Setembro há sete décadas, a presidente da Associação de Moradores e Amigos do Centro (Amacentro), Amélia da Penha Nunes, acha que o perfil acolhedor de seus moradores é uma das grandes armas de sedução do Centro. “A gente fica muito feliz em receber moradores de outros bairros”, diz. Ela lembra ainda que a implantação de um posto da Guarda Municipal na região deu mais segurança às pessoas, sobretudo para sair à noite e desfrutar do clima boêmio, que no Centro é especial. 

Mais Lidas