O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, anunciou nesta segunda-feira (16), que os adolescentes entre 12 e 17 anos serão vacinados em setembro. Os primeiros desse grupo a serem imunizados serão os que têm comorbidade, o que deve ocorrer ainda este mês, atingindo, posteriormente, os que não têm. “O Ministério da Saúde quer avançar na cobertura vacinal desse grupo”, acrescentou. O único imunizante autorizado para essa faixa etária é a Pfizer (BioNTech).
A nota técnica que autoriza a vacinação de adolescentes será publicada ainda nesta semana. Conforme relata o secretário, o Ministério da Saúde já tem um dimensionamento nacional das doses com foco nos adolescentes entre 12 e 17 anos.
Já em relação aos menores de 12 anos, ainda não existe, no Brasil, imunizante apto para pessoas dessa faixa etária. Nésio afirmo que o Instituto Butantan, em São Paulo, solicitou possibilidade de aplicação da Coronavac nesse público, mas a autorização ainda está pendente.
Em relação aos jovens a partir de 18 anos, diante da confirmação de disponibilidade de doses da AstraZeneca, Pfizer e Coronavac para a segunda quinzena de agosto, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) decidiu iniciar a vacinação para pessoas dessa faixa etária. No próximo sábado (21), informa, haverá um
“Dia D” de vacinação, para cada município “bater um grande recorde de aplicação diária das vacinas contra a Covid”.
Nesta segunda-feira, já anunciaram agendamentos as prefeituras de Vitória, Vila Velha a e Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. Sooretama e Colatina também iniciaram a vacinação para o grupo acima de 18 anos.
O secretário também informou que nos próximos dias terá início a imunização dos adolescentes em conflito com a lei. A Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DPES) chegou a ingressar com uma Ação Civil Pública contra o Estado para garantir a imunização imediata dos jovens de 18 a 21 anos incompletos que cumprem medida socioeducativa nas unidades de internação e semiliberdade do Espírito Santo.
A instituição já havia acionado o Estado, por meio de Recomendação feita em julho deste ano, mas, de acordo com a DPES, em virtude da falta de resposta, a Coordenação e Núcleo da Infância e Juventude entenderam ser necessária uma medida judicial.
O último levantamento do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), divulgado nessa quinta-feira (12), aponta que, entre adolescentes privados de liberdade, já foram registrados 143 casos de Covid-19, mas nenhum óbito. Já entre os servidores do Instituto de Atendimentos Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), foram cinco falecimentos e 457 casos.