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Apagão põe vida dos pacientes em risco no Bezerra de Farias

O processo de sucateamento dos hospitais estaduais que ainda estão sob administração direta tem exposto pacientes internados a riscos diários. Não bastasse a superlotação, a falta de ambulância e de medicamentos, no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, o gerador também está com problemas.

Um apagão ocorrido na terça-feira (22) expôs o problema antigo e representou risco para pacientes internados. Diante da morosidade em resolver um problema simples de troca de peça no gerador, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado (Sindsaúde-ES) apresentou denúncia à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), de Gestão e Recursos Humanos (Seger), ao Ministério Público Estadual (MPES), Chefia de Gabinete do governo, Tribunal de Justiça do Estado (TJES) e Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.

Outro apagão, ocorrido há seis meses, evidenciou os problemas no gerador. Na ocasião, o Sindsaúde procurou os servidores do setor de manutenção que informaram que a peça quebrada custava apenas R$ 100 e que a direção estava ciente.

No apagão, o hospital ficou às escuras e alguns aparelhos pararam de funcionar, o que leva a crer que não houve conserto. A sorte é que não havia nenhum procedimento cirúrgico no momento do apagão e que os equipamentos respiradores têm bateria própria.

A estratégia de provocar o sucateamento dos hospitais estaduais para justificar a terceirização da gestão vem sendo aplicada em diversas unidades. Além do Antônio Bezerra de Farias, o Hospital Estadual de São José do Calçado (HESJC), no sul do Estado, também está na mira da terceirização e com diversos setores sendo privatizados.

Em sete meses, diversos setores do hospital foram fechados, como a Lavanderia, a Farmácia Hospitalar e o Banco de Sangue.erviço de lavanderia foi terceirizado para uma lavanderia de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. A Farmácia Hospitalar da unidade também teve o plantão fechado, com atendimento por farmacêutico apenas durante o dia. Nos plantões noturnos, em caso de necessidade de medicamento, os enfermeiros são responsáveis por abrir, dispensar e fechar o setor, o que contraria normas de funcionamento das farmácias. 

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