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Arthur Lira é recebido com protestos da Enfermagem no Espírito Santo

Presidente da Câmara dos Deputados veio ao Estado participar de audiência pública e de evento do PP

Sindienfermeiros-ES

Em visita ao Espírito Santo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi surpreendido por uma manifestação da Enfermagem, na manhã desta sexta-feira (11). Os profissionais entregaram um documento ao parlamentar, pedindo, mais uma vez, que o Projeto de Lei 2564/2020, que institui o piso salarial da categoria, seja pautado com urgência.

“Não tem jeito. Todo local do país que ele for, vai encontrar um grupo da Enfermagem se manifestando para aprovar o PL”, aponta a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros-ES), Valeska Fernandes de Souza.

O encontro com Lira foi no Centro de Convenções de Vitória. O presidente da Câmara veio ao Espírito Santo para participar de uma audiência pública promovida pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara Federal (Cedes), palestrando sobre a retomada econômica após a pandemia, e também do evento de filiação do PP.

Os manifestantes receberam o parlamentar com faixas na entrada do evento. O ato foi organizado pelo Sindienfermeiros-ES, Sindicato dos Servidores da Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde), Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES), Associação dos Profissionais da Saúde e Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES).

Assim como em outros momentos de encontro com a categoria, Lira no primeiro momento se esquivou dos profissionais, postura que também tem sido adotada em outras partes do país. “A repercussão na entrada foi muito ruim. Nem todo mundo pôde entrar na audiência pública, houve uma tentativa de revistar bolsas dos manifestantes. Ele não cumprimentou as pessoas na entrada e nós estávamos fazendo nossa manifestação tranquilamente”, relata Valeska.

O governador Renato Casagrande (PSB) e o presidente do Cedes, deputado federal Da Vitória (Cidadania), também estavam presentes no evento e cumprimentaram a categoria.

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Os manifestantes que conseguiram entrar no espaço onde era realizada a audiência pública protestaram, mais uma vez, durante a fala do presidente da Câmara. Com o ato, Lira mencionou a categoria no pronunciamento, se posicionando sobre o Projeto de Lei 2564/2020.

“Eu já dei sim a algumas pautas da enfermagem. Eu dei sim para criar um grupo de trabalho para fazer uma monitoria das contas de impacto e já dei sim para que o Colégio de Líderes, na próxima reunião, submeta o resultado desse impacto para que a gente possa, com seriedade e responsabilidade, discutirmos de onde sairá de R$ 16 a 18 bilhões para arcar com o piso salarial, sem que haja nenhum pingo de comprometimento para as contas dos hospitais filantrópicos e públicos e municípios de nosso país, que garanta com dignidade um salário justo para essa categoria que contribuiu muito, principalmente no período da pandemia”, declarou.

A reunião do Colégio de Líderes citada por Arthur Lira aconteceria nessa quinta-feira (10), às 15h, mas foi cancelada. No encontro, parlamentares iriam debater o pedido da categoria de votação imediata do Projeto de Lei. Na quarta-feira (11), Lira já havia anunciado que encaminharia ao Colégio de Líderes o relatório aprovado pelo grupo de trabalho para inclusão na pauta do Plenário.

A categoria agora aguarda nova data da reunião. Para Valeska, apesar do tom diplomático do discurso do presidente da Câmara na audiência pública, ações adotadas por ele desde que o Projeto de Lei chegou à Casa de Leis estão travando a tramitação da matéria. “Ele, de fato, fez isso que ele falou, encaminhou para um, para outro, fez a avaliação do impacto financeiro, ouviu todos os lados, tanto do empresário como o do trabalhador, mas isso tudo vem atrasando. Eu espero que realmente seja votado em 2022”, enfatiza.

A categoria tem se mobilizado para que essa meta seja alcançada. Na última terça-feira (8), manifestações da Enfermagem foram registradas em várias partes do país. Em Vitória, representantes da categoria se reuniram na Praça Oito, no Centro, cobrando um desfecho para a longa história que começou no dia 12 de maio de 2020, quando o projeto começou a tramitar no Senado. “A enfermagem não vai se calar”, garantiu Valeska na ocasião.

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