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Auxiliares de enfermagem entram em greve na próxima segunda-feira

Os trabalhos serão paralisados nos hospitais Dr. Jayme dos Santos Neves e Evangélico, além da Maternidade São João Batista

Os auxiliares de enfermagem decidiram, nesta sexta-feira (5), entrar em greve no Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra; no Hospital Evangélico, em Vila Velha; e na Maternidade São João Batista, em Cariacica. A decisão foi feita em Assembleia Geral Extraordinária realizada em frente ao Hospital Jayme, referência no atendimento de pacientes do novo coronavírus no Estado.

O Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Espírito Santo (Sintaen-ES) informa que a greve terá início no prazo de 72 horas, conforme estabelecido por lei, e que será mantido 90% do funcionamento das Unidades Terapia Intensiva (UTIs) e prontos-socorros. Nos demais setores, o funcionamento será de 40%.

Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pela Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santanse (AEBES), Organização Social (OSs) que administra os hospitais. Segundo o Sindicato, a empresa estava em negociação com a entidade há três meses, mas se recusa a atender às demandas da categoria.
Os trabalhadores reclamam da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, alto índice de técnicos infectados por Covid-19 e demissão de técnicos que estão no grupo de risco, entre eles, trabalhadores com mais de 60 anos e prestes a se aposentar. Também se queixam de salário baixo e ausência de reajuste desde 2017.
Os trabalhadores estavam em estado de greve desde 26 de maio, após assembleia geral extraordinária também realizada em frente ao Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves. Nesta unidade, afirma o sindicato, os trabalhadores relatam que solicitaram ao Governo do Estado que cumprisse a promessa de conceder salário de R$ 2.400 que, de acordo com os técnicos, foram oferecidos para quem trabalha em hospitais de referência em Covid-19. 
O sindicato destaca que em negociação de acordo coletivo entre a entidade e a Aebes, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e acompanhada pelo governo, a empresa ofereceu aumento de 3%. O valor, afirma, está abaixo da inflação acumulada de 2019.
A direção do Hospital Estadual Jayme Santos Neves informa que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação formal do sindicato sobre o movimento paradista e que “ao longo dos meses, vem tentando negociar as demandas, inclusive, tendo feito uma nova proposta de reajuste salarial na quarta-feira”.

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