Ministro Queiroga anunciou que não será exigida prescrição médica, apenas autorização dos pais
O Ministério da Saúde prevê enviar ao Espírito Santo 386 mil doses de vacinas da Pfizer para imunizar crianças de cinco a onze anos com a primeira dose da vacina contra Covid-19, equivalente a 1,93% do montante nacional, percentual equivalente ao reservado para outros públicos do Programa Nacional Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, sempre em torno de 2% do total distribuído no país.
A informação foi transmitida em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (5) pelo ministro Marcelo Queiroga, que afirmou a desistência da pasta em exigir a prescrição médica para a imunização dos pequenos.
“Haverá vacinas para todos os pais e mães que quiserem vacinar seus filhos”, afirmou o gestor, ressaltando, que, apesar da não exigência da prescrição, a medida não será obrigatória e a compra de imunizantes será feita proporcionalmente à procura pela população. “Não podemos armazenar um quantitativo maior do que a procura, para evitar perdas de doses”, justificou.
A decisão acontece um dia após a audiência pública realizada sobre o assunto na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), também em Brasília. Na ocasião, apesar da grande presença de políticos e entidades anti-vacina e da ausência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que caracterizou a audiência como política e não técnica, foi marcante a posição do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), que “recomendou fortemente ao Ministério da Saúde” a inclusão do público pediátrico no Plano Nacional de Imunização (PNI) visando a proteção contra a Covid-19.
Vice-presidente do Conass, o secretário capixaba, Nésio Fernandes, afirmou que “em sociedades civilizadas as crianças não morrem por doenças imunopreveníveis” e perguntou: “Qual o projeto de países que nós queremos?”, respondendo que “‘Pátria amada’ é SUS forte, é ciência na frente, é vacina no ombro.