Doses do imunizante chegaram nesta sexta-feira e serão destinadas a oito grupos prioritários
A primeira remessa do Ministério da Saúde soma 14,8 mil doses de influenza. O envio de mais imunizantes ocorrerá ao longo da campanha. Aos municípios que optarem pela realização de um dia “D” de mobilização, o órgão federal orienta que seja em 13 de abril. A expectativa é que o Estado possa superar a cobertura de 54% dos grupos prioritários de 2023, alcançando a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 90%.
A campanha tem como objetivo reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano terá início em março em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A vacina utilizada é trivalente, que apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação.
Em 2023, pelo segundo ano consecutivo, o Espírito Santo ficou abaixo dos 90% de cobertura ideal preconizada pelo Ministério da Saúde em relação à imunização contra a influenza. Com 54% na campanha de 2023, o Estado teve a 7ª pior cobertura do País, ficando atrás de Santa Catarina, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Acre – as menores coberturas em ordem decrescente. Nos anos anteriores, o Estado figurou entre as melhores coberturas entre os estados brasileiros, alcançando a 8ª posição em 2022, com 71,29%; o segundo lugar em 2021, com 89,97%; e o primeiro lugar em 2020, com 106,26%.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo, a baixa adesão à campanha da gripe, e consequentemente a baixa cobertura, foram resultados da disseminação de desinformação.
Para o cálculo de cobertura vacinal, levam-se em consideração os grupos de maior taxa de complicações, internações e mortalidade. São eles: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, povos indígenas, gestantes, puérperas e idosos. “O Ministério da Saúde classifica esses grupos como prioritários para cobertura justamente devido à preocupação que eles trazem, por estarem mais suscetíveis ao caso grave da gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode levar à morte”, alertou a coordenadora. No ano passado, o Estado registrou 303 casos de SRAG, com 19 óbitos.
Grupos prioritários
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
Trabalhadores da Saúde;
Gestantes;
Puérperas;
Professores dos ensinos básico e superior;
Povos indígenas;
Idosos com 60 anos ou mais;
Pessoas em situação de rua;
Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
Profissionais das Forças Armadas;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
Pessoas com deficiência permanente;
Caminhoneiros;
Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
Trabalhadores portuários;
Funcionários do sistema de privação de liberdade;
População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).