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​Campanha estabelece metas para recuperar cobertura vacinal no Estado

Queda nos índices de imunizantes de rotina foi agravada durante a pandemia, exigindo ações até 2026

O governo lançou, na manhã desta segunda-feira (27), o Plano Estadual de Recuperação das Metas de Coberturas Vacinais, em solenidade no Palácio Anchieta, que também marcou a nova etapa da vacinação de reforço contra a Covid-19 com doses bivalentes. O plano busca fortalecer e retomar, no período entre 2023 e 2026, o percentual de pessoas vacinadas em todo o Espírito Santo.

A ação segue iniciativas do Ministério da Saúde de reorientação de prevenção da saúde, realizadas nos estados e municípios, em resposta à queda das coberturas vacinais observadas nos últimos anos em todo o país. As vacinas com metas a serem alcançadas são: Poliomielite; Meningococo C; Penta; Febre Amarela; Pneumocócica 10V; Varicela; Tríplice Viral D1; Hepatite A; BCG; Rotavírus Humano.

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“Desde o início da vacinação contra a Covid-19, fizemos solenidades aqui no Palácio Anchieta para incentivar as pessoas a se imunizarem. Com o tempo, observamos uma redução no percentual das pessoas vacinadas. Geralmente fica entre 90% e 95% e estamos na faixa dos 80%. Ainda assim, somos um dos estados que mais vacinam. Estamos também lançando um plano para recuperar o percentual de pessoas imunizadas e vamos avançar ainda mais”, afirmou o governador.

Pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), o plano vai apresentar medidas e ações estratégicas a serem seguidas durante os próximos quatro anos em relação às vacinas que têm metas de coberturas vacinais definidas. Os imunizantes fazem parte do calendário nacional de vacinação infantil, no que se conhece como doses de rotina, e são destinados às crianças menores de dois anos de idade.

“Alcançar uma meta ideal de cobertura vacinal ajuda no controle de doenças imunopreveníveis e na proteção de toda a população, prevenindo a letalidade e as sequelas causadas por doenças. Além disso, evita que doenças já erradicadas no passado retornem, como a Poliomielite”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte.
Entre alguns pontos estão as medidas necessárias para nortear os processos de aprimoramento do trabalho dos profissionais da saúde voltados à imunização segura, como o fortalecimento das boas práticas e as atualizações de técnicas. Na gestão, a orientação é realizar o abastecimento contínuo de insumos, além de manter as definições que buscam as adequações dos espaços das Redes de Frio em todo o território capixaba.
Além disso, para os próximos quatro anos, o plano define o alcance de metas de maneira escalonada, para que em 2026 se mantenha o crescimento contínuo dos dados e a manutenção das coberturas preconizadas pelo Ministério da Saúde. 
Nos últimos anos, o Espírito Santo vive uma redução de metas nas coberturas vacinais dos imunizantes de rotina. A queda, de acordo com a gestão estadual, é observada em todo o país e foi potencializada durante os primeiros anos da pandemia da Covid-19, tendo alcançado no Estado, em 2020 e 2021, um dos menores dados dos últimos seis anos.
Atualmente, a Secretaria da Saúde, com o Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI-ES) e diante das pesquisas realizadas, pontua alguns fatores que influenciaram diretamente na redução das coberturas vacinais, como notícias falsas sobre as vacinas e os efeitos adversos delas; a pandemia da Covid-19; a baixa adesão familiar em levar crianças e adolescentes aos serviços de saúde para receber as doses vacinais em tempo oportuno; o não envio da autorização para a vacinação nas escolas, a partir das campanhas de vacinação realizadas; as resistências relacionadas às questões religiosas; e o crescimento de grupos antivacinas.
“O esforço tanto estadual quanto municipal precisa ser abraçado por todos, na compreensão da importância das vacinas para a saúde das crianças e de toda a população. A recuperação das coberturas vacinais envolverá a dedicação de toda a sociedade. O plano conta com estratégias e medidas de enfrentamento às dificuldades observadas pelos profissionais de saúde nos últimos anos. Com o apoio de todos, o Espírito Santo poderá alcançar novamente as melhores taxas de cobertura vacinais do País”, reforçou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
Vacinas bivalentes
Nesta manhã, o Governo do Estado também deu início à nova etapa da vacinação de reforço contra a Covid-19 com doses bivalentes. A imunização tem como foco grupos prioritários pessoas de 70 anos e mais; vivendo em instituição de longa permanência, a partir de 12 anos, e seus trabalhadores; imunocomprometidos a partir de 12 anos de idade; indígenas (a partir de 12 anos); ribeirinhos (a partir de 12 anos); e quilombolas (a partir de 12 anos).
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Para receber as doses, é essencial que a pessoa tenha o esquema vacinal primário (D1+D2) completo e tenha tomado a última dose monovalente, seja de reforço ou a D2, no intervalo de quatro meses. O Estado já recebeu 129,6 mil doses da vacina bivalente e o Ministério da Saúde já sinalizou uma nova remessa para esta semana, com o envio de pouco mais de 220 mil doses. Para esta primeira etapa, a expectativa é de que 320,8 mil capixabas sejam imunizados.

O segundo grupo para vacinação será de pessoas de 60 a 69 anos, a partir de 6 de março. O terceiro, composto por gestantes e puérperas, em 20 do mesmo mês. O quarto, 17 de abril, com foco em trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade); população privada de liberdade (a partir de 12 anos de idade); adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos); e funcionários do sistema de privação de liberdade.

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