Com as novas vagas, serão mais mil profissionais, entre enfermeiros, médicos e cirurgiões-dentistas atuando já a partir da última semana de fevereiro. “No momento em que as doenças respiratórias estiveram crescendo, o Espírito Santo terá uma robusta expansão da Atenção Básica”, ressaltou o secretário, salientando que essa expansão “pode reforçar nossa capacidade de, nesse primeiro nível de atenção à saúde, melhorar tanto o diagnóstico, quanto o monitoramento e a garantia do acesso dos pacientes de doenças respiratórias”.
Prevenção
Em apresentação feita na Assembleia Legislativa feita em junho passado na condição de coordenadora das equipes que atuam na UTI do Hospital Unimed Vitória, ela afirmou a importância da atenção básica e da saúde da família. “Precisa investir em saneamento básico, atenção primária, médico de família. Esse modelo de saúde nosso é muito ruim. Ele propicia a fragmentação do cuidado. Mesmo o doente que interna no hospital, tem que ser acompanhando pelo mesmo médico. Médico de família é fundamental. A Unimed tem atenção primária, investe no personal há muitos anos, e agora vemos que começa a surtir efeito”, relata.
Gargalo maior é na Grande Vitória
O maior gargalo está na região metropolitana, avalia a coordenadora de Atenção Primária e chefe especial de Atenção Primária da Sesa, Tania Mara Ribeiro dos Santos. “O grande desafio é aumentar a cobertura dos agentes de saúde na Grande Vitória”, diz.
Nas grandes cidades, explica Tania, muitas das equipes de atenção básica não contam com o agente, limitando-se aos profissionais de medicina, enfermagem e técnica de enfermagem, e, com isso, o trabalho limita-se à chamada atenção básica tradicional, de recepção da população na unidade básica de saúde, não havendo a visita às residências, numa ação mais ativa de busca das necessidades dos moradores de cada território.
Dados por bairro
Ao longo deste mês também o governo do Estado prepara condições para que o Painel Covid-19 apresente a letalidade por unidade de saúde, evidenciando o comportamento da pandemia nos bairros em que cada unidade de saúde é referência. O objetivo, com isso, é orientar ações mais precisas na atenção primária.
Samu
O Governo do Estado também anunciou a expansão do Samu para o sul, norte e noroeste do Espírito Santo, em março. “Caso ocorra uma terceira onda de Covid, nós teremos uma capacidade incrementada de responder com a vaga zero o acesso dos pacientes pelas formas graves da Covid-19″, destacou Nésio Fernandes.