O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, ressaltou nesta terça-feira (31), que qualquer caso confirmado de Covid-19 no Espírito Santo precisa ser assumido como infecção provável com variante Delta ou Gama, que é a antiga P1. A afirmação é baseada nos resultados apontados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Das 365 amostras enviadas, 158 já tiveram seus resultados liberados, sendo 11% de infecções com a Delta e as demais com a Gama.
Nésio alerta que ambas as variantes são “altamente infecciosas”, mas a Gama, que é a predominante do Estado, tem mais condições de fazer com que pessoas não idosas evoluam para condições graves da doença e a óbitos. O secretário afirma que os resultados da Fiocruz “não têm relevância para projeção de estatística da proporção da presença das variantes no Espírito Santo, mas confirmam quais variantes estão em circulação”.
Os resultados obtidos pela Fiocruz foram confirmados por meio de um processo utilizado pelo Laboratório Central (Lacen) para a análise genotípica por RT-PCR. “O resultado do sequenciamento foi 100% concordante com análise genotípica feita aqui no Lacen, antes do envio da amostra à Fiocruz. Usamos um kit de genotipagem por RT-PCR que consegue observar a assinatura genética das variantes e, assim, saber qual variante é responsável por aquela infecção da Covid-19”, explica o diretor do Lacen, Rodrigo Rodrigues.
Ainda segundo Rodrigo, o Lacen começará, em breve, a realização do sequenciamento em solo capixaba, “que além de dar uma resposta rápida para a Vigilância em Saúde, irá contribuir nacionalmente no processo de vigilância molecular da Covid-19”.
Marco
Nésio Fernandes destacou que, segundo o Ministério da Saúde, o mês de setembro será “um marco para a vacinação no país”, pois o Brasil começará o reforço com a terceira dose nos idosos a partir de 70 anos e a vacinação de adolescentes com e sem comorbidades. Entretanto, ainda não se sabe a quantidade de doses da Pfizer que serão disponibilizadas para isso.
Assim que essa informação for obtida, declara Nésio, será possível avaliar a possibilidade de antecipação da imunização dos grupos cuja vacinação está prevista para a partir de 15 de setembro, como os adolescentes sem comorbidades.