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Chega ao fim greve dos enfermeiros da rede privada do Estado

Categoria aprovou proposta de reajuste e de manutenção de direitos já conquistados, plano de saúde e auxílio creche 

Chegou ao fim a greve dos enfermeiros da rede privada, que já durava 23 dias. Em assembleia realizada nesta quinta-feira (27), pelo Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros), a categoria aprovou a proposta elaborada durante a primeira audiência de dissídio, ocorrida nessa terça-feira (25). O mesmo já havia decidido o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (Sindihes).

A proposta, elaborada pela desembargadora vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Daniele Corrêa Santa Catarina, contempla reajuste de 5,2% a partir de 1º de outubro de 2022, acrescido de 2% a partir de 1º de março de 2023. O sindicato patronal havia proposto reajuste de 5%, acrescido de 2% a partir de março de 2023, enquanto os trabalhadores reivindicavam aumento de 8,82%.

“Foi um reajuste um pouco abaixo do que a gente pedia, mas está bom. Começará a ser pago em dezembro, porque as folhas foram fechadas hoje e não podem fazer folha suplementar”, diz a presidente do Sindienfermeiros, Valeska Fernandes.

A aprovação por parte da categoria já era previsível, uma vez que Valeska, após a audiência de dissídio, afirmou que a entidade ficou satisfeita com a proposta, que, além do reajuste, mantém os direitos já conquistados, como a jornada 12 x 60, possibilitando que o enfermeiro trabalhe um dia e folgue dois. O Sindhes, no início das negociações, queria mudar a jornada para 12 x 36, o que os faria trabalhar um dia e folgar um.

Entretanto, segundo Valeska, o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), informou que irá colocar em prática a escala 12 x 36, independente do dissídio. Diante disso, o Sindienfermeiros já acionou a Justiça do Trabalho e fez denúncia na Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e no Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES). O Himaba também protagonizou outro ataque aos trabalhadores durante a greve, quando demitiu enfermeiros na véspera do início do movimento.

A entidade questionou as medidas, destacando que aconteceram na véspera do início da greve dos enfermeiros da rede privada, o que, apontou, é ilegal. Apesar de ser um hospital público, o Himaba é administrado por uma Organização Social (OS), o Instituto Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental (Acqua). O sindicato orientou os trabalhadores a procurarem o jurídico da entidade para pleitear a reintegração.

Outro fator que causou impasse nas negociações foi que o Sindhes defendeu que, caso o piso da enfermagem não seja considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seriam retirados direitos como plano de saúde, auxílio creche e seguro de vida. Como o STF ainda está debateu a constitucionalidade do piso, a questão não foi analisada na audiência, entrando na proposta a manutenção dos direitos.

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