Valeska Fernandes destaca, porém, que o STF precisa cancelar a suspensão do piso, sancionado pelo presidente Lula
O Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 5/2023), que garante abertura de crédito especial no orçamento federal deste ano para efetivar o novo piso da enfermagem, foi sancionado nesta sexta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem, pelo presidente Lula. “Normalmente, a data passa batido por não ser feriado, como o Dia do Professor, e por a gente estar sempre na luta nesse dia. Mas este ano, com a sanção do piso, não vai passar despercebido”, comemora a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros), Valeska Fernandes.
Apesar da vitória, a dirigente sindical salienta que ainda há outras batalhas. Ela explica que a sanção não garante o pagamento imediato, pois é preciso que o Supremo Tribunal Federal (STF) cancele a suspensão do piso, feita pelo ministro Luís Roberto Barroso, em setembro último.
A decisão é proveniente de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a constitucionalidade da Lei 14.434/2022, aprovada no ano passado, proveniente de um projeto de lei do senador Fabiano Contarato (PT) e que estabelece o piso. Valeska acredita que a sanção “é uma carta para o Barroso tirar o pé do piso, não tem para onde correr”.
Outra luta que a presidente do Sindienfermeiros acredita que será travada é o enfrentamento aos hospitais que se recusarem a pagar o piso, havendo necessidade de ações judiciais.
Ministro do Supremo Tribunal Federal suspende piso da Enfermagem
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