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Detectado primeiro caso de contaminação com a XBB.1.5 no Estado

Sublinhagem da Ômicron foi identificada pelo Lacen-ES e é um dos primeiros casos em território nacional 

Foi confirmado nesta quarta-feira (1), pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES), o primeiro caso de infecção por Covid-19 com a sublinhagem da Ômicron, a XBB.1.5. A Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirma que trata-se de uma das primeiras confirmações do tipo no Brasil. A primeira confirmação da XBB.1.5 em território nacional aconteceu no início de janeiro, em uma amostra de São Paulo.

A XBB.1.5, no mundo, despertou preocupação em virtude do aumento de casos percebidos no Estados Unidos e de sua rápida disseminação, uma vez que tem uma mutação que confere a ela capacidade de se ligar mais facilmente às células humanas. Entretanto, ainda não há indicação de que seja mais grave e letal que as variantes e subvariantes originárias, conforme afirma o diretor do Lacen, Rodrigo Ribeiro Rodrigues.

Ele destaca que os pacientes infectados têm apresentado sintomas semelhantes aos da gripe e reforça a importância de a população realizar a testagem pelo método RT-PCR, que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“A descoberta aconteceu porque a amostra é de um paciente que, mesmo após resultado negativo pelo teste de antígeno, procurou o atendimento para realizar o RT-PCR, uma vez que continuava apresentando sintomas gripais. Aproveitamos para reforçar a importância do exame de RT-PCR para o diagnóstico conclusivo e garantia da atuação da vigilância genômica de forma eficaz no Estado e País”, explicou.

Rodrigo salienta que a identificação das linhagens e sublinhagens circulantes é imprescindível para a atualização das vacinas e para fornecer informações precisas para a gestão da saúde pública. Além disso, pontuou que o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado seguirá, em 2023, investindo no fortalecimento da vigilância genômica capixaba e na manutenção da transparência dos dados da pandemia da Covid-19.
“Pretendemos ampliar o sequenciamento genético para outros vírus respiratórios, as arboviroses e outros patógenos, inclusive para auxiliar no diagnóstico de infecções de origem desconhecida”, salientou.
A vigilância genômica é uma ferramenta no enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Por meio das análises de sequenciamento genético das amostras da Covid-19, é possível contribuir para a criação de protocolos de diagnósticos mais precisos, gerar informações para o desenvolvimento de vacinas e identificar de forma mais ampla e ágil a evolução molecular e os padrões epidemiológicos do vírus, incluindo o surgimento e a circulação de novas variantes.
No Espírito Santo, o Lacen é referência neste trabalho e realiza o monitoramento de amostras de todos os óbitos pela Covid-19 e das amostras de casos infectados, que são selecionadas de acordo com critérios técnicos, além de utilizar a amostragem que representa o Estado em momentos de alta demanda ou de todas as amostras positivas por RT-PCR, num cenário de baixa demanda.

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