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​Distrito de Santa Leopoldina não tem médico nem dentista há um ano

Moradores afirmam que problema já foi reportado à gestão de Romero Luiz Endringer, sem providências

Os moradores do distrito de Chaves, em Santa Leopoldina, região serrana do Estado, estão desde o início de 2021 sem médicos e dentista para atender às demandas da população no posto de saúde. A situação, apesar de já ter sido reportada à gestão de Romero Luiz Endringer (PTB), ainda não foi resolvida. A Associação de Moradores e de Pequenos Produtores do Distrito do Chaves (Ampac) afirma que a prefeitura alega não ter recurso. “Não acreditamos nisso”, rebate o primeiro secretário da entidade, Carlos David Toffano, o Carioca.

Ele afirma que a associação irá contatar o gestor ainda nesta semana para mais uma conversa sobre o assunto, além de acionar o Ministério Público Estadual (MPES). A população do distrito de Chaves, que abrange as comunidades de Córrego do Macuco, Rancho Fundo e Rio da Prata, conta com cerca de 400 pessoas. Até o final de 2018, os moradores eram atendidos por profissionais cubanos, do Programa Mais Médicos.

Com a retirada do governo cubano do programa, após declarações que considerou depreciativas, feitas pelo então deputado federal Jair Bolsonaro (PL), atual presidente, o distrito passou a ser atendido por um clínico geral. “Caso necessário, o clínico geral encaminhava a pessoa para um especialista na sede de Santa Leopoldina ou em Vitória”, diz Carioca.
Essa situação dificultou, porém, o acesso da população aos profissionais. Isso aconteceu ainda na gestão do então prefeito, Valdemar Luiz Horbelt Coutinho (PSB), o Vavá. A partir do início de 2021, já no mandato de Romero Luiz Endringer, os moradores passaram a não contar nem com o clínico geral, além de terem que conviver com a ausência de dentista desde que um novo posto de saúde foi instalado em uma escola desativada, já que o antigo estava com problemas de infraestrutura. Após a inauguração, os profissionais não retornaram.
Posto de saúde do distrito de Chaves. Foto: Divulgação

O novo posto, segundo Carioca, funciona somente para atividades como aplicação de vacina e aferição de pressão arterial. Para consultas e exames, seja com médicos ou dentista, os moradores passaram a ficar mais dependentes do deslocamento até a sede de Santa Leopoldina. Em casos de complexidade maior, para Vitória.

Ele relata que não somente a falta de profissionais no distrito impossibilita os moradores de ter acesso à saúde, mas também de transporte público no distrito. Para ir até a sede, é preciso pagar um táxi, sendo que muitas pessoas não têm condições financeiras para isso, ou contar com carona, o que nem sempre é possível.

Há ainda o fato de que não se pode contar com motoristas de aplicativo, uma vez que não costumam ir até o distrito e há dificuldade para chamá-los, pois o acesso à internet é restrito. Ônibus, tanto para a sede quanto para a Capital, passa somente duas vezes por dia. Trata-se da viação Lírio dos Vales, que sai da rodoviária de Vitória rumo a Santa Teresa, passando por Santa Leopoldina. Além disso, segundo Carioca, a passagem é cara, impossibilitando muitos de usufruir do transporte.

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